quarta-feira, 30 de junho de 2010

ADOLESCENTE DESAPARECIDA


Jovem continua desaparecida em Apucarana
Qua, 30 de Junho de 2010 14:11
A jovem desapareceu no último final de semana após sair com amigas para ir à missa. Seus familiares preocupados registraram Boletim de Ocorrência na Delegacia de Apucarana. Emily Marques Gaspar tem 14 anos e mora no Jardim Ponta Grossa...


Segundo o Conselho Tutelar de Apucarana, a mãe de Emily procurou o Cartório da Polícia Militar no último domingo, e orientada procurou na casa de amigas da filha. Não a encontrando, a mãe registrou Boletim de Ocorrência na noite de ontem, foi quando orientada pela PM procurou a conselheira tutelar Ana Maria Schmidt.

A foto de Emily foi repassada a órgãos de imprensa da cidade e à viaturas da Polícia para que possa ajudar na sua localização. Informações podem ser repassadas aos telefones 190, 9974-3901 e 0800-643-1161

Da Redação – ApukaOnline

Pesquisador diz que sistema socioeducativo é a superação de modelos repressivos ou assistenciais


O pesquisador e gestor de projetos do Fundo das Nações Unidas no Brasil (Unicef), Mário Volpi, fez nesta quarta-feira (30) uma retrospectiva do atendimento dado ao adolescente em conflito com a lei no Brasil durante o terceiro dia do Seminário Criança Prioridade Absoluta, em Curitiba. Volpi foi um dos palestrantes do Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas, realizado dentro do evento promovido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Cedca-PR) no Centro de Eventos do Cietep. Volpi relatou que a preocupação com o adolescente autor de ato infracional no Brasil surgiu a partir de uma perspectiva filantrópica, já que não existiam políticas públicas direcionadas para atender este público. “Era uma iniciativa das irmandades, uma vez que o Estado não fazia nada. O adolescente era visto como uma vítima da sociedade, alguém dependente de misericórdia”, comentou. Estas ações resultaram no modelo que ele classifica como assistencial-caritativo, ainda vigente hoje no país e que divide espaço com outros dois modelos, o correcional-repressivo e o socioeducativo. O modelo correcional-repressivo, explicou, parte de paradigmas da medicina e da psicologia para justificar os problemas de enquadramento social de crianças e adolescentes. De acordo com esta perspectiva, que segundo Volpi ainda é muito presente na sociedade brasileira, estes jovens precisam ser retirados da sociedade para serem tratados e recuperados. “É a ideia de que o delito é produzido no adolescente e não na sociedade. Ao trancafiá-lo, controla-se o delito”, esclareceu. SUPERAÇÃO – Com a redemocratização do Brasil, a partir da década de 80, inicia-se a discussão de um novo modelo, no qual se busca enfrentar os dois componentes do delito: a questão social e a pessoal. “Até então, o adolescente não é visto como um sujeito de direitos, como alguém que toma decisões”. É a partir deste cenário e reforçado pela Constituição de 1988 e a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, que começa a se desenhar o modelo socioeducativo. “Este novo modelo não é a síntese dos dois anteriores, mas a superação de ambos. Mas o grande desafio hoje é que boa parte dos operadores do sistema foram formados nos modelos anteriores”, comentou. De acordo com ele, o Brasil se desenvolveu muito do ponto de vista conceitual e no que diz respeito à estrutura das instituições, mas ainda não atingiu o ideal do modelo socioeducativo porque a filosofia repressiva ainda é muito presente. “O Paraná fez um grande investimento na estrutura física, na realização de concursos e na capacitação dos profissionais e está pronto para fazer a transição para o modelo socioeducativo”, enfatizou. Ainda dentro da socioeducação foram discutidas as medidas socioeducativas em meio aberto, com o juiz João Batista da Costa Saraiva, e a justiça restaurativa e os Direitos Humanos, com o juiz Leoberto Brancher, ambos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Profissionais abordam os diferentes modelos de atendimento ao adolescente em conflito com a lei



Os avanços e desafios do sistema socioeducativo no Brasil e os diferentes sistemas adotados nos países das Américas foram os temas debatidos nesta terça-feira (29) durante o Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas. O evento ocorre durante o Seminário Criança Prioridade Absoluta, promovido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná, realizado no Centro de Eventos da Fiep, em Curitiba. O Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas reúne cerca de 350 pessoas, entre juízes da Infância e Juventude, promotores de Justiça, técnicos do poder judiciário, gestores e operadores de medidas socieducativas em meio aberto, além de gestores do sistema socioeducativo dos 27 estados brasileiros. Nesta terça-feira, o jurista argentino Emílio Garcia Mendez – ex-consultor do Unicef e professor da Universidade de Buenos Aires –, e o professor norte-americano Forrest Novy – diretor do Instituto Interamericano de Justiça Juvenil da Faculdade de Serviço Social da Universidade de Texas, nos Estados Unidos apresentaram panoramas de outros países no tratamento aos adolescentes autores de ato infracional. Mendez considera o Estatuto da Criança e do Adolescente uma “verdadeira ruptura paradigmática” com a legislação vigente há 20 anos, o Código de Menores. “O Brasil é o país que menos discute a Convenção Internacional dos Direitos das Crianças justamente por causa do Estatuto, que é versão brasileira da convenção”, destacou. Até então, ressaltou, os adolescentes jamais eram julgados pelo que fizeram, mas sim por aquilo que eram. O jurista argentino foi um dos consultores da redação do Estatuto. Para ele, apesar de todos os avanços, a legislação brasileira passa por duas crises: a da implementação, reflexo da ausência crônica de recursos para as áreas sociais em toda a América Latina; e a crise da interpretação. “O Brasil é um país que se antecipou com esta lei. A Argentina é o mais atrasado. Mas mesmo assim, nos dois países temos o movimento do neo-menorismo, formado por aqueles que acham que se foi longe demais na compreensão das crianças como sujeitos de direitos”, explicou, ressaltando que uma das tendências mais preocupantes é a diminuição sistemática das garantias. “O grande perigo é o uso da privação de liberdade não como forma de punição por delitos graves, mas como forma de contenção de jovens pobres”. Forrest Novy apresentou a situação do sistema justiça juvenil dos Estados Unidos, onde cada estado da federação tem autonomia para legislar sobre o assunto. Ao mostrar o perfil dos adolescentes privados de liberdade, verifica-se um cenário similar ao brasileiro: a maioria é afrodescendente – ou afro-americano, classificação utilizada lá – ou latina, com baixa escolaridade e oriundos de famílias pobres. “São jovens sistematicamente isolados dos programas de esporte, do acesso à música, às artes e dos programas universitários”, comentou. Outro problema grave nos Estados Unidos citado por Forrest é a presença de adolescentes dentro do sistema penal adulto, situação aceita em mais da metade dos estados norte-americanos. Alguns estados também não contam com tribunais específicos para este público. Segundo o professor, mais de 200 mil jovens com menos de 18 anos já foram condenados em tribunais comuns naquele país. Os estados onde estes problemas são mais recorrentes são a Flórida, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Sul. A realidade brasileira também entrou na pauta desta terça-feira. O assessor do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Francisco Brito, a coordenadora do Programa Nacional de Atendimento Socioeducativo da SEDH, Lúcia Rodrigues, o presidente do Fórum Nacional de Justiça Juvenil (Fonajuv), Humberto Júnior, o presidente do Fonacriad e coordenador de Socioeducação da Secretaria da Criança e da Juventude, Roberto Bassan Peixoto, o promotor Marcio Berclaz e a secretária Thelma Alves de Oliveira falaram sobre os avanços e desafios do modelo socioeducativo brasileiro.


Atores do Sistema de Garantia de Direitos discutem o Direito à Convivência Familiar e Comunitária



Conselheiros tutelares e de direitos, gestores municipais, pesquisadores e profissionais de programas de atendimento à criança e ao adolescente participaram do debate sobre O Novo Direito à Convivência Familiar e Comunitária, nesta terça-feira (29), no Centro de Eventos da Fiep, em Curitiba. O promotor de justiça do Rio Grande do Sul, Neidemar Fachinetto, foi quem proferiu a palestra.O debate abriu a programação do Seminário Estadual de Convivência Familiar e Comunitária, que acontece durante o evento Criança Prioridade Absoluta, que celebra os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Neidemar falou sobre a lei 12.010/2009, também conhecida como “a nova lei da adoção” e esclareceu as dúvidas dos participantes sobre os direitos de crianças e adolescentes que precisam ser afastadas das famílias. “A nova lei prevê um fluxo bem definido para garantir às crianças seu direito de ter uma família, mas precisamos criar instrumentos que façam cumprir a lei. A articulação, capacitação e mobilização dos atores envolvidos nesse processo é essencial para a concretização do que está estabelecido no papel”, afirmou.O promotor também alertou para a importância da avaliação contínua de toda a rede de atendimento e da criação de um plano de ação de médio prazo, que vai garantir a continuidade e o aperfeiçoamento das ações. “Os encontros e capacitações realizados pela Secretaria possibilitam que as entidades se preparem e desenvolvam ferramentas, fortalecendo o Sistema de Garantia de Direitos”, elogiou Neidemar.A coordenadora de Ações Protetivas da Secretaria, Aline Pedrosa Fioravante, apresentou uma breve análise do panorama paranaense de crianças e adolescentes abrigados. Um levantamento feito em 2009 pelos técnicos que acompanham o programa Crescer em Família apontou que a quantidade de crianças que permanecem em abrigos por mais de três anos tem diminuído e é possível observar um aumento de casos em que a reintegração às famílias é feito com sucesso.

Medidas para evitar furtos de veículos 2 de 4

Comunidade contra o crime: trabalhando juntos por um Brasil mais seguro.

"A segurança deve ser alimentada pela segurança mútua." (Sêneca)

Medidas para evitar furtos de veículos 2 de 4

· Nunca deixe a chave na ignição quando sair do veículo, mesmo que em saídas momentâneas. O número de veículos furtados por esse tipo de descuido é grande;

· Evite deixar documentos do veículo em seu interior;

· Sempre antes de se afastar verifique o trancamento de portas e janelas, mesmo que o veículo possua sistemas automáticos para fazê-lo. Falhas no funcionamento destes são muito comuns mesmo em veículos mais caros.

· Ainda que você more em condomínio com garagem fechada, sempre deixe o carro totalmente trancado e com sistemas de segurança acionados;

· O cuidado deve ser redobrado se você estiver passeando com seu veículo em pontos turísticos de alta frequência, principalmente se o seu veículo está ainda carregado com a sua bagagem;

· Quando mandar lavar ou consertar seu veículo, nunca deixe as chaves da sua casa no mesmo molho das chaves do carro;

· Tudo o que você utilizar para dificultar a ação de um delinquente, ganha tempo a seu favor e contra a ação dele, o que aumenta a segurança do seu veículo.

Fonte: www.antidelito.net

terça-feira, 29 de junho de 2010

Seminário Criança Prioridade Absoluta homenageia juristas que contribuíram com a redação do ECA


Juristas que participaram da redação do Estatuto da Criança e do Adolescente, jornalistas e instituições que contribuíram para a consolidação dos direitos da criança e do adolescente ao longo dos últimos 20 anos foram homenageados nesta segunda-feira (28), na abertura do Seminário Criança Prioridade Absoluta, em Curitiba. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Cedca-PR) e reúne cerca de 1,5 mil pessoas durante toda a semana no auditório do Sistema da Federação das Indústrias do Paraná, no Jardim Botânico.
O evento reúne até sexta-feira (2) profissionais e representantes de entidades brasileiras que atuam com o público infanto-juvenil como gestores municipais e estaduais, juízes, promotores, conselheiros, servidores, professores, pesquisadores, profissionais do terceiro setor que estão debatendo as políticas públicas para crianças e adolescentes.
Durante a abertura oficial do seminário, o governador Orlando Pessuti abordou os avanços realizados pelo Governo do Paraná na proteção e amparo às crianças e jovens paranaenses. “Nós conseguimos implantar no Paraná o percentual de 30% do orçamento para a educação, temos construído escolas, quadras cobertas e realizado melhorias nas áreas da cultura, esporte, da ciência e lazer. Além disso, somos o único Estado com uma Secretaria que trata exclusivamente deste público”, disse Pessuti, referindo-se à Secretaria de Estado da Criança e da Juventude.
O governador lembrou que, com 28 anos dedicados à vida pública, participou dos debates para implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente e destacou a importância da legislação. “Festejamos os 20 anos do Estatuto com o sentimento de que estamos cumprindo nosso dever enquanto governantes, em respeito à família, à criança e ao adolescente que vive no Paraná. Faremos ainda mais para ter uma sociedade justa, fraterna e mais humana, em que todos possam se respeitar e construir uma vida melhor”, afirmou.
A secretária da Criança e da Juventude, Thelma Alves Oliveira, criticou a proposta de redução da maioridade penal e disse que o Estatuto representa um novo olhar sobre a sociedade. “Esperamos que, nos próximos dez anos, existam mais direitos fundamentais e menos políticas de resgate. Que a família e a sociedade estejam mais participativas e mais solidárias. Que os programas implantados sejam políticas de Estado e não apenas política de governo”, afirmou.
De acordo com a secretária, o evento tem o objetivo de engajar os gestores municipais e conselheiros, e todos aqueles que atuam na área, em temas como capacitação, socioeducação, violência, educação e convivência familiar, relacionadas ao Estatuto. “A ideia é ressensibilizar, remobilizar todos os atores para que possamos seguir nesta caminhada de luta de garantia de direitos humanos e sociais a todas as crianças”, completou.
AVALIAÇÃO – O desembargador Antonio Amaral e Silva, de Santa Catarina, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente, explicou que o trabalho foi um esforço para trazer ao País da doutrina das Nações Unidas para proteção integral da criança, consideradas as experiências locais de médicos, pedagogos e assistentes sociais.
“Antes, a criança e o adolescente eram tratados como objeto do Direito. A partir do Estatuto, eles passaram a ser reconhecidos como sujeitos. Além disso, o documento possibilitou que, pela primeira vez, o Estado fosse chamado aos tribunais pelo descumprimento de políticas públicas”, explicou Silva.
Para o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, que também trabalhou na redação do ECA, a criação de conselhos da criança e do adolescente, formados por representantes de órgãos públicos e da sociedade, também são avanços trazidos pelo documento. “Eles significam a possibilidade de, em todos os municípios, fazer um diagnóstico adequado da situação da infância e da juventude e, a partir disso, traçar uma política efetiva. Os tribunais superiores inclusive vinculam as deliberações do conselho ao administrador e que deve haver preferência dos recursos para esta área”, contou.
O ex-procurador de Justiça de São Paulo, Munir Cury, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente, falou sobre as dificuldades para sua implantação efetiva. “Como qualquer legislação destinada à criança e ao adolescente, ela depende da conscientização da sociedade a respeito da participação dela na solução destes problemas. Esperamos que este evento seja um passo fundamental em direção a isso”, explicou.
Além de Antônio Amaral e Silva, Olympio de Sá Sotto Maior Neto e Munir Cury, outro jurista homenageado nesta segunda-feira foi o procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Paulo Afonso Garrido de Paula. Os jornalistas escolhidos para representar o papel da mídia nesta área foram José Carlos Fernandes e Mauri König, do jornal Gazeta do Povo; Elson Faxina, da TV Paraná Educativa; Douglas Moreira, da Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência (Ciranda) e Miriam Pragita, da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi).

Fonte: http://www.secj.pr.gov.br/

sábado, 26 de junho de 2010

Encontro em Curitiba reune mais de 1,500 pessoas, em Comemoração aos 20 anos do ECA


E o Estatuto da Criança e do Adolescente, como vai?
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) vai bem, obrigado! Em 20 anos, conseguiu se manter em sua essência: provocou a ampliação de serviços; estimulou a descentralização das políticas públicas; contribuiu para a elevação da consciência coletiva de proteção às crianças e se posicionou como referência de legislação garantidora de direitos.

Foi promulgado em 1990, fruto da mobilização social das forças populares em defesa do estado democrático e do trabalho de especialistas. Existe para todas as crianças, mas é exatamente para os filhos de famílias pobres (materialmente) que ele se torna imprescindível. As vulnerabilidades de toda ordem expõem aqueles que mais necessitam da ação do Estado e das leis. E é no estímulo à construção de oportunidades e na redução das desigualdades que o Estatuto se revela como mais um instrumento importante de transformação social.

Nesta jornada de 20 anos o ECA recolheu importantes significados:
Um olhar cuidadoso para com as crianças e adolescentes está incorporado no espírito e no texto da lei. A infância e adolescência são fases particulares e importantes do desenvolvimento e da formação de sujeitos-cidadãos. Uma lição reforçada pelo Estatuto é a de tratar as crianças e adolescentes de maneira diferente dos adultos.

Uma “utopia necessária” onde os direitos fundamentais deverão estar disponíveis a todas as crianças. “Utopia” porque estabelece um horizonte a ser construído e situa a legislação nesta direção. “Necessária” porque é preciso existir uma ponte entre a dura realidade vivida e a perspectiva de um futuro melhor para as nossas crianças.

Um símbolo de defesa dos direitos, o que vale dizer que, na cabeça das pessoas, ele existe para proteger e garantir cidadania. Assim, para cada direito, há um dever, até mesmo quando o dever é compreendido como o próprio exercício do direito.
Uma ferramenta imprescindível para formatar ações, políticas e programas dirigidos a crianças e adolescentes. O ECA proporcionou que sonhos se materializassem e realidades fossem transformadas.


Thelma Alves de Oliveira,
Secretária de Estado da Criança e Juventude do Paraná e presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes
Fonte: Secretária de Estado da Criança e Juventude do Parana - SECJ

A Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Paraná e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR)

A Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Paraná e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR) realizam, a partir da próxima segunda-feira (28), em Curitiba, o Seminário Criança Prioridade Absoluta, para comemorar os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O evento deve reunir cerca de 1,5 mil profissionais de todo o Paraná e representantes de entidades brasileiras que atuam com o público infanto-juvenil.

O objetivo é chamar a atenção da sociedade aos assuntos voltados à infância e adolescência e dar destaque à lei que serviu como base da criação do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Além disto, é um momento de reflexão em torno das conquistas e dos limites que se impuseram na implementação da Doutrina da Proteção Integral.

O evento é direcionado a gestores municipais e estaduais, juízes, promotores, conselheiros, servidores, professores, pesquisadores, profissionais do terceiro setor e demais cidadãos-militantes paranaenses e de outros Estados, que poderão debater sobre políticas públicas para crianças e adolescentes.

Programação
Na programação estão previstas palestras que abordam várias temáticas sobre políticas e ações voltadas para crianças e adolescentes, apresentações artísticas e homenagens a profissionais e entidades de diversas áreas que contribuíram para a consolidação da política da criança e do adolescente no Brasil.

No primeiro dia, a secretária de Estado da Criança e da Juventude, Thelma Alves de Oliveira, o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, o articulador do Fórum DCA do Paraná, Valtenir Lazarini, e a antropóloga e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carla Coelho de Andrade, falam, sob diferentes perspectivas, dos avanços e desafios para o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente após 20 anos do ECA. Neste mesmo dia, o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo Rocha Loures apresenta os Programas do Sistema Fiep voltados ao público infanto-juvenil.

Durante o Seminário Criança Prioridade Absoluta serão realizados eventos paralelos como o 2.º Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas, o Seminário Estadual de Convivência Familiar e Comunitária, e ainda Redes de Proteção – Enfrentamento à Violência e Enfrentamento ao Trabalho Infantil. Durante cinco dias serão abordados assuntos como os avanços e desafios do sistema socioeducativo no Brasil; medidas socieducativas em meio aberto; nova lei de adoção; convivência familiar; desafios na implementação da rede de proteção; papel do Estado nas estratégias de articulação da rede local no enfrentamento ao trabalho infantil, entre outros.

Entre os palestrantes da área da Socioeducação estão o jurista argentino Emílio Garcia Mendez e o professor norte-americano Forrest Novy, diretor do Instituto Interamericano de Justiça Juvenil da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Texas, que vão abordar o tema Diferentes Sistemas de Adolescentes Autores de Ato Infracional na América. O oficial de projetos da Unicef no Brasil, Mario Volpi, vai falar sobre as políticas de atendimento ao adolescente autor de ato infracional no Brasil.

Na área de Proteção, o promotor de Justiça Neidemar Fachinetto, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, vai falar sobre O Novo Direito à Convivência Familiar e Comunitária no Brasil; e a professora da Universidade de Brasília (UNB), Maria Lúcia Leal, vai abordar os desafios para articulação e implementação da Rede de Proteção. A programação completa do evento pode ser conferida clicando aqui.

Serviço:
Seminário Criança Prioridade Absoluta
Data de início: 28 de junho de 2010
Horário: 9h30
Local: Auditório do Cietep – Avenida Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico, Curitiba – Paraná

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Efeito da Bebida Alcoolica

Bebidas Alcoolicas Aspectos Históricos:

Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano datam de aproximadamente 6000 a.C., sendo, portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos. A noção de álcool como uma substância divina, por exemplo, pode ser encontrada em inúmeros exemplos na mitologia, sendo talvez um dos fatores responsáveis pela manutenção do hábito de beber, ao longo do tempo.

Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo, como, por exemplo, o vinho e a cerveja, já que dependiam exclusivamente do processo de fermentação. Com o advento do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas em sua forma destilada. Nessa época, esse tipo de bebida passou a ser considerado um remédio para todas as doenças, pois “dissipavam as preocupações mais rapidamente que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio mais eficiente da dor”, surgindo, então, a palavra uísque (do gálico usquebaugh, que significa “água da vida”).

A partir da Revolução Industrial, registrou-se grande aumento na oferta desse tipo de bebida, contribuindo para um maior consumo e, conseqüentemente, gerando aumento no número de pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema decorrente do uso excessivo de álcool.

Aspectos Gerais: Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.

O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelos quais ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Dessa forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares.



Efeitos agudos:


A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora.

Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma.

Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com outra que não está acostumada a beber. Um outro exemplo está relacionado à estrutura física: a pessoa com estrutura física de grande porte terá maior resistência aos efeitos do álcool.

O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, têm maior probabilidade de sentir esses efeitos.

Álcool e Trânsito:


A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir. Nesse sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou a vigorar em janeiro de 1998), deverá ser penalizado todo motorista que apresentar mais de 0,6g de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).

Alcoolismo: Como já citado neste texto, a pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo, pode desenvolver dependência, condição conhecida como

alcoolismo. Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição freqüente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira.
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns sinais da dependência do álcool são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; aumento da importância do álcool na vida da pessoa; percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e aumento da ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.

A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas, após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e no espaço.

Efeitos sobre outras partes do corpo: Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores.



Durante a Gravidez:

O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer conseqüências para o recém-nascido, e, quanto maior o consumo, maior o risco de prejudicar o feto. Dessa forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação, como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.

Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessivo dessa droga durante a gravidez, é afetado pela “síndrome fetal pelo álcool”. Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças gravemente afetadas, e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.

COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO ALCOOLISMO Em geral, o usuário de álcool procura ajuda médica devido à problemas secundários ao consumo crônico desta substancia, cabendo ao clínico geral o primeiro contato com este paciente.

O álcool compromete vários órgãos e funções do organismo, dependendo da intensidade do consumo e da suscetibilidade individual, podendo causar alterações gastrointestinais, cardiovasculares, neurológicas e até mesmo, sangüíneas.

Manifestações clínicas Estão relacionadas às ações farmacológicas do álcool. Outros fatores de riscos associados: idade, sexo, raça, predisposição genética, estado nutricional, características imunológicas, condição clínica prévia.

Efeitos • Agudos: ou seja, imediatos à exposição ao álcool;

• Crônicos: relacionados ao consumo repetitivo e prolongado da droga.

2. EFEITOS AGUDOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL ETÍLICO Estão relacionados ao nível sangüíneo de álcool atingindo e ao grau de tolerância do consumidor.

• Níveis sangüíneos entre 50 e 100 mg/dl de álcool em bebedores não acostumados a grandes ingestas diárias provocam efeitos de euforia e incoordenação motora (com riscos de acidentes de transito).

• Níveis séricos entre 100 e 200 mg/dl podem causar fala embriagada, ataxia, tonturas e náuseas;

• Entre 200 e 300 mg/dl, letargia, discurso incoerente ou agressivo, vômitos;

• Entre 200 e 300 mg/dl, estupor ou coma;

• Níveis superiores a 500 mg/dl podem provocar depressão respiratória e morte.

3. EFEITOS CRÔNICOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL ETÍLICO As conseqüências crônicas dependem da dose consumida e do tempo de utilização. Outros fatores como sexo, predisposição genética, estado nutricional, doenças previas e uso concomitente de outras drogas também são importantes.

As principais complicações clínicas descritas são: 3.1 Sistema Digestivo (boca, faringe, esôfago, estomago, intestinos)

A alta dose de álcool, em geral, provoca anormalidade na parede do intestino, redução na capacidade de absorção intestinal de nutrientes e interferência no metabolismo celular das vitaminas do complexo B, acido fólico e ferro.

3.1.1 Esôfago

Modalidade anormal, dificuldade no esvaziamento do conteúdo alimentar para o estômago.

3.1.2 Estômago

Gastrite aguda, erosões superficiais da parede gástrica, hemorragias de pequeno e grande porte, vômitos freqüentes que podem levar à Síndrome de Mallory Weiss (lesão da parede gastroesofágica).

LEITURA AVANÇADA O álcool, normalmente, é facilmente absorvido pelo estomago e intestino delgado. A concentração do álcool no íleo (porção do intestino delgado) está relacionado ao refluxo e às anormalidades da permeabilidade da membrana intestinal provocada diretamente pelo álcool e seus metabolitos.Com isso, as atividades enzimáticas das membranas celulares bastante prejudicadas pela ação do álcool podem causar intolerância à lactose (carbohidrato presente em alimentos, como leite e derivados) absorção prejudicada de água, sais, aminoácidos e glicose. Tudo isso explica a diarréia e cólica abdominal associadas ao beber axagerado.

3.1.3 Fígado

As funções hepáticas estão, em geral alteradas. Ocorrem quadros de esteatose hepática, sinais clínicos de icterícia (pele amarelada devido a concentração aumentada de bilirrubinas) e mal-estar geral podendo ocorrer a hepatite alcoólica (icterícia, febre, leucocitose).

O quadro geral no fígado pode evoluir para o de cirrose hepática, - náuseas, perda de peso, sensação de fraqueza, mudança nos hábitos intestinais, dor abdominal superior ou febre baixa.

LEITURA AVANÇADA Mais raramente, o diagnostico de cirrose hepática pode ser auxiliada pelo surgimento de uma leve icterícia, sangramento, prurido ou edema e aumento do tamanho do baço.

Com a evolução do quadro acima, podemos ter uma insuficiência hepática caracterizada clinicamente por teleangectasia aracnóide (manchas vasculares na pele), eritema palmar (vermelhidão intensa nas palmas das mãos), atrofia testicular, ginecomastia (aumento do tamanho das mamas), perda da distribuiçõa dos pêlos masculinos, aumento do tamanho das glândulas parótidas, evidencia de circulação colateral, confusão mental e hemorragia digestiva pela presença de hipertensão portal (varizes no esôfago).

3.1.4 Pâncreas

A ingesta de bebida alcoólica é responsável por 75% dos casos de pancreatite crônica. A pancreatite crônica caracteriza-se por dor epigástrica severa irradiada para o meio das costas e aliviada ao sentar e inclinar o corpo para a frente, náuseas, vômitos, febre e “abdômen agudo” produzem um quadro de emergência cirúrgica.

LEITURA AVANÇADA O etanol influencia a função do pâncreas direta e indiretamente através do suco gástrico, da liberação de secretagogos e do controle neural. Existem evidencias de que o etanol lesa as células pancreáticas exócrinas da mesma forma como agride as células hepáticas.

Em pacientes com historia de uso crônico de álcool com dor abdominal intensa é conveniente a dosagem sangüínea e urinaria da amilase, bem como a realização de ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada do abdômen para sondagem diagnostica.

Episódios recorrentes de pancreatite podem resultar em calcificação pancreática e lesões do sistema de secreção exócrina pancreáticos.

3.2 Sistema Cárdio Vascular

O álcool tem efeito direto sobre o coração. A desnutrição freqüentemente associada ao alcoolismo crônico é autor fator importante no prejuízo do funcionamento cardiovascular.

LEITURA AVANÇADA Do ponto de vista nutricional, a falta de tiamina (vitamina B1) provoca o quadro chamado de Beribéri (raramente visto hoje em países ocidentais).

O etanol é um depressor direto da atividade miocárdica. Muitos episódios de arritmias cardíacas estão associados ao alcoolismo.

Além disso, estudos recentes têm associado o consumo pesado de álcool com a hipertensão arterial sistêmica, sendo o alcoolismo considerado o segundo fator de riscos não-genético para hipertensão arterial.

O consumo crônico de álcool também está associada à uma doença do coração conhecida como Miocardiopatia Alcoólica (Doença Muscular Induzida pelo Álcool que costuma-se manifestar entre os 30 e os 60 anos de idade, caracterizada, clinicamente, pelo aumento do volume do coração, arritmias e, nos estágios mais avançados, à insuficiência cardíaca congestiva).

3.3 Sistema Nervoso Central

3.3.1 Neuropatia periférica

Quando progressivo de dor e alterações na sensibilidade dos membros inferiores e superiores, bem como fraqueza motora. Muito se tem atribuído esta doença à falta de vitamina B1 (tiamina).

3.3.2 Ambliopia tóxica

Inflamação do nervo óptico, com falhas progressivas da visão central e dificuldades em distinguir cores, principalmente verde e vermelho.

3.3.3 Encefalopatia Wernicke

Associada à falta de tiamina, apresentando perturbação do equilíbrio, desorientação no tempo e no espaço confusão mental e paralisia de músculos oculares.

3.3.4 Síndrome de Korsakoff

Perda de memória, desorientação têmporo-espacial.

3.3.5 Degeneração Cerebral

Falta de habilidade no andar, movimentos oculares anormais, prejuízo nos reflexos tendinosos. Estas doença tem curso rápido e devastador.

3.3.6 Mielinólise Central Pontina

Caracteriza-se por dificuldade para deglutir, articular palavras e falar. Paralisia de músculos oculares, falta de reação corneana, prejuízo da marcha e morte. Pode ocorrer também a Doença de Marchiafava-Bignami, que apresenta agitação, confusão, alucinações, negativismo, julgamento prejudicado e desorietação. Pode haver distúrbios da marcha, incontinência urinaria e fecal, preservação do pensamento. Estas duas doenças são duas condições raras encontradas em alcoolistas crônicos e desnutridos.

3.3.7 Sindrome Demencial Alcoólica

Atrofia global do cérebro, grandes prejuízos da memória, da atenção, da orientação têmporo-espacial.
Quando muito semelhante clinicamente ao da Demência de Alzheimer.

3.4 Sistema Músculo-Esquéletico

Dor, sensibilidade muscular aumentada, fraqueza muscular, osteoporose precoce em alcoolistas crônicos, miopatia crônica é rara.

LEITURA AVANÇADA Alguns estudos apontam para uma doença muscular induzida pelo álcool, de incidência rara e que afeta os músculos d caixa torácica e os músculos proximais das extremidades. Caracteriza-se por dor, fraqueza, perda rápida da massa muscular e conseqüentes prejuízos gerais para os rins.

3.5 Sistema Hematopoiético (sangüíneo)

Interferência na produção de células sanguíneas em vários níveis, provocando anemias diversas e prejuízos da coagulação.

LEITURA AVANÇADA A anemia ferropriva é comum em alcoolistas e sua causa pode ocorrer tanto em função da desnutrição quanto dos sangramentos através das gastrites, varizes esofágicas ou hemorróidas, estes dois últimos em pacientes com cirrose hepática.
A anemia megaloblástica também é um quadro comum, especialmente pela deficiência de vitamina B12.

3.6 Pele

Os dependentes de álcool são propensos à várias doenças de pele, incluindo a psoríase (descamação crônica da pele), o eczema discóide (lesão pruriginosa da pele relacionada a agentes endógenos e exógenos) e infecções cutâneas superficiais por fungos.

3.7 Sistema Imunológico

O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo, dentre outras coisas, e poder ser suprimido nas pessoas que apresentam um consumo pesado de álcool. Desnutrição e danos ao tecido hepático contribuem para o prejuízo desse sistema, tal que os bebedores pesados têm maior propensão à infecções respiratórias como a Tuberculose Pulmonar.

3.8 Pediatria e Álcool

Em mulheres grávidas, sabe-se que o álcool atravessa a “barreira placentária” e pode provocar desde abortamentos espontâneos, natinortos e crianças com baixo peso ao nascer.

A Síndrome do Alcoolismo Fetal caracteriza-se por:

• Deficiência do crescimento pondero-estatural da criança;

• Dano ao sistema nervoso central, como microcefalia, retardo mental;
• Danos faciais, como lábio superior fino, fissuras palpebrais curtas, dobras epicantais,

• Alterações cardíacas (defeito septal atrial);

• Alterações outras nas articulações, nos genitais e na pele.

4. COMPLICAÇÕES PSQUIÁTRICAS DO ALCOOLISMO

Muitas alterações do comportamento e manifestações de quadros psiquiátricos estão relacionados ao consumo de álcool etílico.

4.1 Intoxicação Alcoólica

Euforia, diminuição da atenção, prejuízo do julgamento, irritabilidade, depressão, labilidade emocional até lentificação, sonolência, redução do nível da consciência e, eventualmente, coma.

Os sinais comuns da intoxicação alcoólica aguda são:

1. Fala arrastada;

2. Falta de coordenação motora;

3. Marcha instável;

4. Nistagmo (movimento anormal dos olhos);

5. Prejuízo na atenção ou memória;

6. estupor ou coma.

4.2 Abuso de Álcool

É caracterizado por um padrão mal adaptado de uso do álcool levando a um sério prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo. Deve manifestar um ou mais dos critérios abaixo em 12 meses.

Critérios da Associação Psiquiátrica Americana para Abuso de Álcool:

1. Uso recorrente do álcool resultando em fracasso em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel no trabalho, na escola ou em casa.

2. Uso recorrente do álcool em situações nas quais há perigo físico, por exemplo, quando se dirige um automóvel;

3. Problemas legais relacionados ao uso do álcool;

4. Persistência no uso da substancia, apesar dos problemas sociais ou interpessoais recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do álcool.

4.3 Síndrome de Dependência Alcoólica

Critérios da Associação Psiquiátrica Americana para Dependência ao álcool:

1. Tolerância (necessidade de doses cada vez maiores da droga para obter os mesmos efeitos das doses iniciais);

2. Síndrome de abstinência, relatada abaixo;

3. A substancia é freqüentemente usada em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o desejado;

4. Existe um desejo persistente ou esforços mal-sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substancia;

5. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na utilização da mesma ou a recuperação dos seus efeitos;

6. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativos são abandonados em função do uso do álcool;

7. O uso da substancia continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente.

4.4 Intoxicação Alcoólica Idiossincrática (intoxicação patológica)

Indivíduo apresenta comportamento desadaptativo, freqüentemente agressivo atípico após ingestão de pequenas quantidades de álcool quando comparado às situações em que o indivíduo não bebeu, com amnésia freqüente.

4.5 Alucinose Alcoólica (Transtorno Psicótico relacionado ao uso de álcool)

• Alucinações vividas e persistentes (freqüentemente visuais e auditivas) sem alteração do nível de consciência, após a diminuição ou cessação do consumo de álcool, em pacientes dependentes desta substância.

• Forma crônica é semelhante à esquizofrenia ou quadro paranóide (caracterizado por crenças ou sensações de perseguição).

4.6 Síndrome de Abstinência Alcoólica

Caracterizada por:

• Tremores,

• Náusea,

• Vômitos,

• Hiperatividade autonômica (aumento da freqüência cardíaca, tremores, febre),

• Ansiedade,

• Humor depressivo,

• Irritabilidade,

• Alucinações transitórias,

• Ilusões,

• Convulsões que ocorrem após cessação ou redução do consumo crônico e pesado de álcool.

Sintomas iniciais Intermitentes e leves

Sintomas avançados Gravidade dos sintomas da Síndrome de Abstinência aumentam.

Quatro Sintomas Fundamentais na Síndrome de Abstinência do Álcool:

Tremor
Tremores matinais das mãos ao acordar. Os tremores também ocorrem no tronco, face ou no corpo todo.



Náusea
Ao escovar os dentes pela manhã ou que nunca toma uma xícara de café de manhã, em função da náusea.



Sudorese
Acordar bem cedo todo ensopado em suor.





Perturbação do humor
Nos estágios iniciais há uma irritabilidade ou nervosismo. Nos casos onde a dependência é mais grave, há um estado de intensa agitação e depressão.





A Síndrome de Abstinência Alcoólica pode evoluir para quadros conclusivos, alucinatórios e para o temido Delirium Tremens, que é uma Síndrome da Abstinência Alcoólica que se complicou com confusão mental, prejuízo da orientação temporo-espacial e prejuízo da atenção.




4.7 Delirium Tremens

Este quadro pode ocorrer após a interrupção ou redução abrupta do uso crônico e intenso do álcool, em pacientes clinicamente comprometidos. É quadro de emergência clinica, freqüentemente, necessitando de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva.

Sintomas• Confusão mental;

• Acentuada Hiperatividade autonômica;

• Alucinações vividas (visuais, táteis, olfativas);

• Delírios;

• Tremor;

• Agitação;

• Febre;

• Convulsões.

4.8 Trastorno Amnésitico (Blackout)

São episódios transitórios de amnésia que acompanham variados graus de intoxicação ao álcool. Os ‘blackouts’ parecem ser mais comuns nos pacientes em fases mais tardias da dependência ao álcool.

Existe a amnésia retrógrada para eventos e comportamentos ocorridos durante os períodos de intoxicação, embora o nível da consciência do individuo intoxicado não esteja aparentemente anormal quando observado por terceiros. Tais episódios podem estar associados com o beber excessivo em pacientes dependentes ou não.

4.9 Transtorno Psicótico Delirante Induzido Pelo Álcool

Estes transtornos são caracterizados por pensamentos com conteúdo de idéias delirantes, principalmente de cunho persecutório, podem surgir em bebedores crônicos. Os pacientes desenvolvem delírios paranóides ou persecutórios, grandiosos, mas permanecem alerta e não manifestam confusão me ou meses de abstinência. Parece não estar relacionada com a esquizofrenia.

Podem aparecer nesse contexto sintomas:

• Semelhantes à esquizofrenia (alucinações, delírios, desorganização do pensamento, incoerência afetiva);

• Semelhantes à mania (elevação do humor, irritabilidade, grandiosidade, idéias delirantes de grandeza).

4.10 Transtorno Depressivo Induzido pelo Álcool

De uma forma geral, os sintomas depressivos são comuns em pacientes durante a abstinência alcoólica, especialmente em bebedores pesados.

Níveis de depressão significativas são comumente encontrados entre pacientes internados por síndrome de dependência ao álcool. Os sintomas de depressão costumam melhorar cerca de duas ou três semanas após a abstinência, mas há casos em que esses sintomas podem persistir por mais tempo.

Sintomas

• Humor deprimido;

• Perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades da vida;

• Perda de energia, fadiga, importante cansaço após pequenas atividades;

• Baixa auto-estima;

• Idéias de culpa;

• Visão sombria ou pessimista em relação ao futuro;

• Perturbações do sono;

• Perturbações do apetite;

• Perda de interesse sexual;

• Queixas somáticas exacerbadas.

Você sabia? Em muitos casos a depressão é induzida pelo consumo da bebida alcoólica, mas freqüentemente pessoas com depressão estão mais propensas a desenvolver quadros de abuso do álcool.

4.11 Suicídio

Tentativas de suicídio são comuns em pacientes alcoolistas crônicos. Sintomas depressivos, perdas interpessoais, sociais, familiares e financeiras contribuem de forma determinante para o risco do auto-extermínio.

4.12 Ansiedade

Muitos pacientes ansiosos, especialmente aqueles com que a chamada Fobia Social ou Transtorno do Pânico com Agorafobia estão mais propensos a abusar de bebidas alcoólicas como uma forma de “auto-medicação”. Desta forma, é importante valorizar os sintomas de ansiedade do paciente alcoolista, com a finalidade de distinguir uma ansiedade induzida pelo consumo de álcool etílico de uma ansiedade primária.

Os pacientes com sintomas ansiosos podem apresentar:

• Tensão muscular,

• Tremores,

• Sensação de abalo,

• Fadiga,

• Resposta de sobressalto,

• Hiperatividade autonômica (rubor, taquicardia, palpitações, sudorese, diarréia, boca seca, aumento da freqüência urinaria),

• Alteração na sensibilidade de membros,

• Dificuldade de concentração,

• Sensação de “nó na garganta”,

• Hipervigilância.

4.13 Transtornos do Sono

Importante causa de transtorno extrínseco do sono, provocando tanto insônia quanto hipersônia. As principais alterações do sono em alcoolistas estão relacionadas aos quadros depressivos e ansiosos.

CONCLUSÃO São varias as complicações clínicas e psiquiátricas associadas ao consumo agudo ou crônica de bebidas alcoólicas. Apesar dos inúmeros riscos advindos da ingestão destas substancias, é alarmante a freqüência e a intensidade do consumo das mesmas por todos os povos em todo o mundo, muitas vezes com propósitos sociais, religiosos, culturais e até mesmo medicinais.

Fonte: DENARC - http://www.dinarc.pr.gov.br
Rua Bispo Dom José, 2006, Batel - Curitiba - Paraná - CEP:80440-080 -
Telefone:(41) 3270-1700.

sábado, 12 de junho de 2010

12 de junho, Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil



Brasil conseguiu que 3 milhões de crianças deixassem trabalho precoce desde 1996


Brasília – Mais de 3 milhões de crianças já deixaram o trabalho precoce diante dos esforços do Brasil em erradicar o trabalho infantil, afirmou hoje (10) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, no lançamento da campanha Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil.

Segundo a ministra, o número foi alcançado desde 1996, quando o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi criado. Atualmente mais de 800 mil crianças são atendidas pelo programa. Elas desenvolvem atividades socioeducativas e frequentam a escola.

A ministra disse que, apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmar que o Brasil está avançando, ainda há desafios. “Ainda há formas que chamamos de invisíveis de trabalho infantil, que são as crianças e adolescentes que estão trabalhando como empregada doméstica, aqueles que estão na área rural e nem sempre conseguimos identificar”, explicou.

Segundo dados do IBGE, há, no Brasil, 4,5 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. No mundo, esse número chega a 215 milhões. Márcia Lopes também chamou atenção para o fato de educar as famílias para que compreendam a importância da infância para a criança. “Há o trabalho com as famílias, que tem sido feito com as escolas, com os centros de referência. O atendimento sociofamiliar tem esse objetivo, que as famílias se sintam acolhidas pelos programas de transferência de renda, de inclusão produtiva, de organização da sua comunidade, que a família se sinta motivada a interagir com essa rede de proteção social”, afirmou.
Foto: Agência Brasil


A ministra lembrou que a população pode ajudar denunciando nos conselhos tutelares de suas cidades ou pelo telefone 0800-707-2003, ou pelo Disque 100.

A campanha Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil foi lançada hoje (10), em Brasília, pela OIT e o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho. A campanha tem como símbolo um cartão vermelho como o do futebol. O garoto propaganda é o jogador brasileiro de futebol Robinho, que cedeu o uso de sua imagem em prol da causa.

Fonte: Agência Brasil, Roberta Lopes - 10/06/2010

domingo, 6 de junho de 2010

Segurança Feminina - Dicas da Policia Militar do Estado do Paraná

Cartilha de Segurança Feminina

Introdução
A segurança da mulher, como qualquer outra pessoa no Paraná ou no Brasil merece a devida atenção por parte de todos, não apenas das autoridades públicas, mas da comunidade em geral e é claro, das próprias mulheres.
E é esta a finalidade desta pequena cartilha. Construir uma cultura de prevenção, onde todos participam e o resultado é uma qualidade de vida melhor no aspecto da segurança pública para toda a comunidade.
Medidas básicas de prevenção que reduzam ou eliminem oportunidades para a ação de delinquentes, aliadas às ações que a Polícia Militar do Paraná tem implementado para melhorar a segurança dos cidadãos e cidadãs em geral, podem produzir cada vez mais adequados níveis de segurança pública para todos e todas, pois uma segurança efetiva não depende apenas das ações policiais, mas da união e participação da sociedade como um todo.
Esta conscientização e participação podem dar a resposta para problemas que seriam de mais difícil solução, se baseadas apenas nas intervenções do Estado, por seus órgãos de segurança pública ou por ações isoladas de cada cidadão ou cidadã.
É importante destacar que as medidas aqui propostas são de fácil execução e não exigem gastos, pois na sua maioria envolvem apenas mudança de atitude.
Assim, propomos nesta cartilha que pretende ser simples, de fácil leitura e compreensão, idéias para que todos e todas construamos uma sociedade cada vez mais segura não apenas para a mulher, objetivo principal deste trabalho, mas para todo cidadão e toda cidadã paranaenses.
Uma vez mais é importante lembrar, que para uma segurança efetiva, a prevenção é o melhor caminho, pois Quem não previne o crime colabora com ele!


1. Normas gerais de segurança:
a. A melhor forma de se ter segurança é com medidas preventivas.
b. Todas as pessoas que utilizam um ambiente ou nele exercem uma atividade são responsáveis pela segurança deste.
c. Nunca tenha armas em casa, principalmente se tiver crianças em casa. Armas aumentam o fator de risco, não de segurança.
d. Procure manter atenção constante sempre que for às ruas.
e. Não confie na memória, principalmente no que diz respeito a procedimentos
de segurança. Se não tem certeza, cheque pessoalmente (trancamento de portas e janelas, do carro, ligação de alarmes e outros).
f. Nunca reaja quando for abordada por um delinquente. Entregue o que ele lhe pede para que vá embora logo. Isto aumenta muito a sua segurança neste momento.
g. Nunca deixe de acionar a Polícia Militar pelo fone 190, pois isto aumenta
a impunidade e incentiva as ações dos delinquentes.

2. Em casa
a. Estar em casa permite um nível de segurança maior, mas é importan
te procurar melhorar ainda mais esta segurança com medidas preventivas.
b. Lembre sempre de trancar portas e janelas quando for sair e manter as portas fechadas e trancadas quando estiver em casa, mesmo de dia.
c. Se sua casa tem janelas muito perto da porta, evite deixar a chave na fechadura, pelo risco do delinquente conseguir alcançá-la pondo o braço para dentro através dela e destrancar a porta.
d. É importante que a porta que dá para a rua tenha visibilidade para quem chega poder ser verificado visualmente antes de entrar portões a dentro.
e. Jamais abra a porta sem ter certeza de quem bate.
f. Nunca aceite serviços que não pediu, ainda que sejam de graça e quem o oferece ser muito gentil e simpático.
g. Guarde seu dinheiro em lugar seguro, isto é, de difícil acesso para quem não é de casa.
h. Nunca guarde grandes quantidades de dinheiro em casa.
i. Tome cuidado com empregados eventuais, que podem praticar delitos
em sua residência ou obter informações e repassá-las para delinquentes.
j. Se mora só, procure manter contato regular com vizinhos em quem tenha confiança, estabelecendo com eles uma rede de ajuda e de proteção recíproca.
k. Tenha se possível, uma extensão do telefone no seu quarto ou tenha ali um celular para os casos de precisar chamar a polícia pelo fone 190, em caso de sua residência ser invadida.
l. Tenha sempre em local certo telefones de emergência, de parentes ou pessoas a quem possa pedir ajuda, para dispor deles quando precisar.
m. Ao anotar este números, seja em uma lista manuscrita, seja no celular,
evite colocar indicações como: pai, filho, filha, neto, sobrinho. Coloque de preferência o apelido dessas pessoas, pois se o celular ou a lista cair em mãos de delinquentes será mais difícil que eles usem estas informações para outros delitos contra aquelas pessoas e contra você.
n. Mantenha atenção constante ao entrar e sair de sua residência. Muitos
delinquentes abordam suas vítimas nesta hora porque estão distraídas.
o. Se for se ausentar por um tempo mais prolongado, dar a impressão de que alguém permanece em casa ajuda a melhorar a segurança de sua residência.
p. Evite deixar luzes externas acesas durante viagens que fizer, pois isto denuncia que não há ninguém em casa.
q. Acúmulo de correspondência, bem como jornais e revistas não recolhidas,
dão também a impressão de que os moradores estão ausentes.
Peça para a agência do correio mais próxima ou para a empresa que entrega os jornais e as revistas suspender a entrega enquanto estiver fora, ou peça ajuda de um vizinho para recolhê-la.
r. Cães reforçam a segurança, desde que não sejam muito bravos, o que pode gerar acidentes com familiares, vizinhos ou empregados eventuais, como diaristas, por exemplo.
s. Nunca deixe a chave escondida no jardim da casa, embaixo do capacho ou dentro de um vaso: os delinquentes conhecem todos os esconderijos.
t. Sempre esteja atenta ao chegar e sair de casa, principalmente se não há visibilidadede dentro para fora ou vice-versa em sua casa. Delinqüentes.
costumam emboscar vítimas ao sair de casa ou dominá-las quando chegam, aproveitando da pouca visibilidade que o local possa permitir e da distração das vítimas.

3. Para quem mora em condomínios
a. Facilite o trabalho do pessoal de portaria identificando as pessoas que não moram no condomínio no momento que estiver entrando com elas.
b. Se o acesso da garagem fica fora das vistas do porteiro, preste atenção
no momento de entrar e sair para não permitir a aproximação de estranhos ou mesmo acesso furtivo para o interior do condomínio enquanto o portão se fecha.
c. Ainda que haja uma boa segurança no seu condomínio, nunca confie totalmente nela e sempre verifique quem bate á sua porta antes de abrí-la, principalmente quando não houve aviso da portaria de que alguém iria até seu apartamento.
d. Instale um “olho mágico” em sua porta se não houver outra forma de ver quem bate à sua porta.
e. Se mora só, deixe à disposição do síndico ou do porteiro, telefones de contato de pessoas a quem se deva comunicar problemas ou pedir
ajuda, para casos em que você não possa fazê-lo em momentos de necessidade.

4. Nas ruas
a. Ir às ruas é o momento que requer mais atenção, pois nesta hora se está mais vulnerável.
b. Lembre que os delinquentes muitas vezes escolhem suas vítimas pelos
bens que elas carregam, por isso evite portar jóias ou bens de valor quando sair só.
c. Evite usar uma bolsa de maior valor nas ruas. Tenha para estas ocasiões uma mais simples, deixando aquela “de marca” para ocasiões especiais.
d. Procure sempre andar acompanhada quando levar bens de valor como o dia de ir ao banco ou às compras.
e. Sempre esteja atenta ao que acontece ao seu redor.
f. Se for de carro, lembre que objetos de valor como bolsas, carteira, celular, não devem estar à vista, pois isto atrai a ação do delinquente.
g. Coloque tais coisas em lugares mais seguros: no portaluvas se couber,
embaixo do painel, sob suas pernas enquanto sentada ao volante.
h. Use os espelhos retrovisores também para ver o que acontece na parte de trás do veículo: delinquentes costumam se aproximar por trás para abordar suas vítimas.
i. Mantenha os vidros fechados principalmente ao parar em semáforos.
j. Reduza o tempo de permanência parada no semáforo, diminuindo a velocidade do seu veículo quando ainda está distante do cruzamento e percebe que o sinal vai fechar.
k. Se for abordada por um delinquente que lhe manda descer do carro em que está, saia imediatamente passando entre ele e a lateral do carro e não entre ele e a porta que estará aberta, conforme a figura abaixo. Há mais segurança quando feito desta forma.
l. Se houver uma criança pequena no banco de trás, pegue-a enquanto ainda está dentro do carro e saia com ela nos braços. Jamais tente sair primeiro e pegá-la pela porta de trás, isto aumenta o risco para você e para a criança.
m. Levar uma bolsa “falsa” para tentar enganar o delinquente é desaconselhável,
pois se ele perceber que foi enganado quando você ainda está ao alcance dele, poderá querer lhe agredir como forma de vingança.
n. Estacionar seu carro num estacionamento fechado é muito mais seguro
que deixá-lo na rua.
o. Remova a frente do equipamento de som e tire da vista outros objetos
que poderiam despertar o interesse de delinquentes.
p. Nos dias de frio, sua bolsa poderá ser usada pendurada no ombro, mas por baixo do casaco, se o tamanho da bolsa e do casaco forem compatíveis.

5. Nas compras
a. Se for comprar roupas ou bolsas, pense um pouco na segurança que elas lhe fornecerão conforme os critérios que sugerimos abaixo, lembrando
que muitos delinquentes escolhem, por exemplo, uma vítima para um delito conforme o tipo de bolsa e a forma como ela a carrega:
- Roupas: bolsos são amigos da segurança (quanto mais bolsos, mais segurança para os seus bens).
- Bolsos em lugares menos acessíveis ao delinquente protegerão melhor seus bens: na parte da frente do corpo, na parte interna de jaquetas e paletós e nas pernas (como nas roupas estilo militar) são os melhores.
- Veja também se os bolsos são largos e profundos o suficiente para comportar sua carteira ou outros bens de valor que você use com frequência, como celulares, Ipods, palm tops e outros.
- Calças sem bolso obrigam quem a usa a levar na mão objetos que precisariam estar em melhores condições de segurança, como carteiras,
celulares e outros, o que facilita a ação de delinquentes.
- Bolsas que possuam um compartimento mais protegido para carteira
e objetos de valor facilitam a sua segurança.
- Bolsas com detalhes que reforcem a parede externa da bolsa (pequenos
bolsos externos, abas e sobreabas, tecido duplo, costuras de reforço) ou com tecido reforçado (couro duplo ou com intertela de reforço) dificultam cortes e retirada de bens do interior da bolsa pelo delinquente.
- Bolsas com alças longas que podem ser colocadas à tiracolo oferecem
uma certa vantagem, pois são mais difíceis de serem arrebatadas
e deixarão suas mão livres para o manuseio de produtos; neste caso deixe a bolsa sempre à frente do corpo, ainda que atrapalhe um pouco a escolha da mercadoria.
- Bolsas sem fecho atraem o interesse de delinquentes, pois um fecho
ainda que simples, sempre é um obstáculo a mais para quem quer tomar ilicitamente o que é seu.
- Mochilas podem ser adquiridas e usadas com segurança se forem colocadas à frente do corpo sempre quando estiver em locais com aglomeração de pessoas.
b. Sempre deixe sua bolsa á vista, de preferência junto ao corpo.
c. Bolsas colocadas às costas facilitam a ação dos delinquentes.
d. Evite abrir bolsas ou carteiras em locais de aglomeração de pessoas.
e. Se isto for inevitável, procure ser a mais discreta possível nos seus gestos.
f. No supermercado jamais deixe sua bolsa no carrinho enquanto faz suas compras.

6. No restaurante ou lanchonete
a. Lembre de colocar sua bolsa em local de segurança, de preferência á sua vista permanentemente.
b. Jamais deixe bolsas ou carteiras sobre o balcão.
c. Dispositivos á venda no comércio que prendem a bolsa na cadeira ou na mesa ajudam muito a segurança dela.
d. Evite sentar em mesas que ficam de costas para locais onde passam muitas pessoas dentro do estabelecimento, como corredores ou portas
de acesso.
e. Ficar com as costas para a parede pode dificultar a aproximação de delinquentes aos bens que você leva: sua bolsa, sacola com compras e outros, enquanto vc faz sua refeição, bem como lhe dá uma melhor visão do que ocorre à sua volta .
f. Tome cuidado quando alguém lhe procura dizendo para tirar seu carro
de onde está estacionado, pois pode ser uma tentativa de roubo dele. Ao sair você poderá ser abordada por delinquentes que lhe arrebatarão seu veículo. Para evitar isso:
- Sempre deixe seu carro em estacionamento fechado quando houver
um próximo.
- Evite deixar seu carro de forma que atrapalhe a saída de outros veículos.
- Se alguém lhe pedir para ir ao estacionamento peça para que mais alguém a acompanhe.

7. No banco
a. Faça todas as transações que puderem ser feitas pela Internet.
b. Nunca peça ajuda de estranhos, principalmente quando se oferecem para ajudar. Se tiver dificuldades com o caixa automático, peça ajuda de um fucionário do banco que sempre estará identificado.
c. Evite carregar consigo quantidades maiores de dinheiro, principalmente
ao sair do banco.
d. Quando tiver que buscar dinheiro no banco procure ir com algum parente ou amigo na ida e na volta principalmente.
e. Ao sacar dinheiro, oculte suas ações o máximo possível, pois muitos delinquentes observam quem está sacando e seguem a vítima para depois assaltá-la ou repassam informações para assaltantes que fazem
emboscadas para as vítimas fora do banco.
f. Nunca entregue seu cartão magnético na mão de pessoas estranhas que se ofereçam para ajudar. Muitos delinquentes quando conseguem se apoderar dele não o devolvem ou devolvem outro, ficando com o cartão verdadeiro.
g. Se o seu cartão magnético ficar preso no caixa automático, peça ajuda imediatamente ao funcionário mais próximo e não se afaste daquele caixa até reavê-lo. Os caixas automáticos de hoje são projetados
para não prender o cartão. Quando isto acontece pode ser um golpe no qual o delinquente instala um simulacro (“chupa-cabras”) sobre o leitor de cartões que prende o cartão da vítima. Quando esta vai embora ele o retira e se apropria do cartão, além da senha que fica registrada no simulacro.

8. No trabalho (fora do lar)
a. Lembre que todas as pessoas que ocupam um ambiente ou quando ali exercem uma atividade são também responsáveis pela segurança
deles.
b. Colabore com a segurança no que estiver ao seu alcance.
c. Peça a intervenção das pessoas responsáveis para resolver problemas
de segurança que constatar no seu trabalho que eventualmente
não tenha sido percebidos pela administração do local.
d. Evite aceitar encargos que envolvam riscos que sente que teria dificuldade de resolver sozinha. Exemplos: abrir e fechar uma loja sozinha, levar somas maiores de dinheiro ao banco.
e. Se precisar lidar com dinheiro e estiver em contato com público, como caixa de uma loja por exemplo, é importante que trabalhe em um local onde não fique em isolamento total de outros funcionários,
pois isto poderia permitir que fosse abordada por um delinquente num assalto sem que ninguém visse.

9. Em ônibus e rodoviárias
a. Evite abrir sua carteira já no ponto de embarque para pegar o ônibus. Separe antes o dinheiro necessário para a passagem em um lugar de fácil acesso, pois pontos de ônibus e terminais de transporte coletivo, principalmente quando mais movimentados, são preferidos por ladrões.
b. Procure sempre ficar próxima ao cobrador ou ao motorista durante a maior parte do trajeto;
c. Se enquanto sentada tiver que colocar sacolas no chão, cuide para que alguma delas não seja puxada por baixo do banco;
d. Traga sempre sua bolsa, onde carrega dinheiro, cartões e cheques junto ao corpo. Nunca o deposite no banco, ainda que momentaneamente.
e. Sempre traga sua bolsa à frente do corpo.
f. Ao aguardar para viajar para outra cidade, procure sentar em local que permita controlar visualmente suas malas e pertences.
g. Se não houver lugar para sentar procure ficar de costas para uma parede e junto a ela.
h. Mantenha controle permanente sobre crianças e jamais permita que vão sozinhas ao banheiro ou se afastem de você sob qualquer pretexto.
i. Lembre que deverá ter os documentos de identidade sua e da(s) criança(s) ou adolescente(s)que estiver levando junto em sua viagem.
j. Jamais aceite ofertas de alimentos, principalmente bebidas, de pessoas
estranhas quando estiver acompanhada de crianças.

10. Em aeroportos
a. Colabore sempre com a segurança dos aeroportos e aeronaves, pois a segurança de um é a segurança de todos.
b. Antecipação nos procedimentos e cuidados que se deve ter antes de viajar de avião, não são apenas uma questão de segurança do aeoporto
ou de conveniência das empresas aéreas, mas também da sua segurança, pois pessoas atrazadas tendem a ser mais distraídas, esquecem objetos importantes e são vítimas preferenciais, pois percebem
menos o que acontece ao seu entorno e assim podem opor menos dificuldade aos estratagemas de delinquente que ali estejam.
c. “Check-ins” antecipados (via internet) ou feitos com mais tempo ajudam
a ter mais segurança também contra delinquentes.
d. Procure despachar sua bagagem assim que puder, verificando antes as condições de trancamento delas.
e. Procure deixar para utilizar equipamentos (“lap tops”, “palm tops” e outros) que traga,quando já estiver na área restrita do aeroporto para passageiros.
f. Se necessitar fazer refeições e não quiser fazê-las na área restrita a passageiros do aeroporto, procure prestar atenção permanente aos seus pertences e desconfie de pessoas que insistem em conversar com você, principalmente se o local estiver lotado.
g. Evite levar objetos de valor como “lap tops”, por exemplo, em pastas que denunciem que ali vai um equipamento desta natureza.
h. Cuide com a empolgação de chegar a um lugar novo ou de rever pessoas
queridas, para que isso não seja aproveitado por delinquentes ou resulte em esquecimentos de pertences e bagagens.
i. Nunca leve coisas que são proibidas para aeroportos, pois se isto colocar em risco a segurança das pessoas, não apenas isto poderá ser apreendido, você mesma poderá ter complicações com órgãos de segurança e até mesmo ser vítima de tais coisas, se forem arrebatadas por pessoas mal intencionadas. Se tiver dúvidas sobre algo que pretende levar consulte antes o serviço de segurança do aeroporto (INFRAERO).

11. Levando e trazendo os(as) filhos(as) para a escola
a. Evite parar em fila dupla para apanhar seus filhos(as), se não houver uma área de segurança controlada para embarque e desembarque na frente das escolas nos horários de entrada e saída de aulas.
b. Lembre que como você não gostaria de ter seus filhos(as) ameaçados por motoristas imprudentes, a segurança de todos(as) dependem de prudência ao volante, por isso: colabore com a segurança do trânsito.
c. Acerte com a escola quais são as pessoas autorizadas a apanhar seus filhos e que se restrinja a elas este trabalho. Crianças que são buscadas por pessoas diferentes de cada vez deixam a segurança da escola desnorteada e com pouca condição de cuidar delas de forma eficaz. Sequestradores podem se valer disso para arrebatar suas vítimas.
d. Colabore com a segurança da escola, seguindo procedimentos por ela estabelecidos como identificação do seu veículo, horários e locais estabelecidos para entrada e saída, uso de autorizações para saída antecipada da aula.
e. Sempre questione o estabelecimento escolar quanto á segurança que as crianças recebem, principalmente em saídas da escola em visitas e passeios programados com a turma a que pertence seu filho(a).
f. Nunca desautorize o trabalho das pessoas encarregadas da segurança
escolar, criticando-as na presença dos seus filhos(as) ou orientando-
as de forma diferente do que você sabe ser um procedimento de segurança adotado pelo estabelecimento de ensino.
g. Participe da segurança da comunidade escolar que é composta por alunos, professores, pais, mães e funcionários do estabelecimento, você e os seus filhos(as) serão os maiores beneficiados.

12. Golpes mais frequentes contra a mulher

1) Falso sequestro
Alguém liga dizendo que tem uma pessoa da família como refém exigindo dinheiro
(que exige seja depositado em uma conta bancária) ou a compra de cartões de celular pré pago, para que essa pessoa
não seja morta, dando o nome dela, características físicas
ou citando o local onde ela trabalha ou estuda. O que fazer:
a. Não atenda a essas exigências,
por mais violento que o delinquente seja nas ameaças que faz.
b. Tente fazer contato com a pessoa que o delinquente diz ter sido sequestrada ou peça à família ou amigos para fazerem isso.
c. Comunique à polícia prontamente, ainda que o criminoso exija que não o faça.

2) Falsos prestadores de serviços
Uma pessoa se apresenta dizendo ser de uma empresa prestadora de serviços de luz, água, telefone ou outra, e que está fazendo vistorias ou serviços gratuitos, que reduzirão sua conta ou que há riscos pela não execução do serviço, como explosões de bujões de gás, curto circuito e risco de incêndio e assim por diante. Muitas vezes usam algum tipo de documento falso como crachá ou identidade funcional falsa. O que fazer:
a. Nunca aceite serviços que não pediu, ainda que sejam gratuítos.
b. Se tiver interesse em tal serviço, procure uma empresa ou profissional
abalizado, em quem possa confiar. Lembre que bons profissionais não costumam bater de porta em porta e sim são procurados pela qualidade do seu trabalho.
c. Lembre que empresas de prestação de serviços como água, luz ou telefone vêm quando são solicitadas, ou então apresentam-se uniformizadas
e com viaturas caracterizadas o que facilita o seu reconhecimento,
coisa que um criminoso tem mais dificuldade em fazer e a cobrança pelo serviço virá na conta que você paga ao final do mês.
d. No caso de golpes usando o fornecimento de gás como pretexto, o delinquente
costuma tentar assustar a vítima falando em risco de explosões e incêndios, em função de vazamentos que poderiam estar ocorrendo.
e. Se se sentir insegura quanto a isso, dispense o serviço da pessoa que se oferece e ligue para uma empresa de gás com base na lista telefônica ou alguma que conheça para prestar o serviço.
f. Sugere-se o mesmo cuidado para outros serviços que sejam oferecidos,
sem que tenham sido solicitados.

3) Propostas de trabalho no exterior

Mulheres jovens e de boa aparência recebem propostas para trabalhar
no exterior, como modelos ou profissão de destaque e quando chegam
no destino são escravizadas em trabalhos de exploração sexual, mediante violência ou grave ameaça, sendo muitas vezes drogadas e até mortas. Muitas mulheres empolgadas com a possibildiade de um trabalho em outros países, acabam fazendo poucas verificações de segurança e são facilmente envolvidas pela habilidade dos delinquentes. Para evitar isso sugere-se:
a. Sempre tenha cuidado com propostas de trabalho no exterior;
b. Procure obter mais informações sobre onde e com quem trabalhará, por outros meios que não apenas as do contratante (conhecidos que tenha no país de destino, Internet, embaixada brasileira no país para onde vai, outros órgãos oficiais de informações).
c. Procure verificar se outras pessoas já foram contratadas por aquela pessoa ou empresa e procure manter contato com elas.
d. Evite assumir compromissos ou aceitar tais propostas antes de ter todas as informações necessárias.
e. Jamais assine documentos sem ler todo o seu conteúdo e ter certeza de ter entendido a respeito do que se trata.
f. Se tiver pessoas conhecidas naquele país peça que lhe acompanhem na chegada e nos primeiros contatos no novo emprego.
g. Estabeleça um sistema de contato frequente com parentes ou amigos aqui no Brasil, para sua maior segurança e para que se comunique à polícia uma demora prolongada.
h. Deixe com parentes ou amigos todas as informações disponíveis para o caso de você perder contato com eles como: nome do contratante
no país de destino, empresa em que trabalhará, nome e endereço
da pessoa ou empresa de contato aqui no Brasil, atividade que exerceria, números telefônicos e endereços que lhe foram dados durante as negociações para a sua contratação e outras.

4) Sequestros de crianças ou adolescentes subtraídos da mãe
Embora o alvo deste delito seja a criança ou adolescente, normalmente
é aplicado contra a mãe em várias situações:
a. Alimento com sonífero (frequentemente em rodoviárias): o delinquente envolve uma mulher que esteja com uma criança, com gentilezas, oferecendo-lhe alguma bebida (café, chocolate quente, leite) ao qual adicionou remédio para dormir. Após a vítima perder a consciência o(s) delinquente(s) desaparece(m) com a criança. Este golpe é aplicado principalmente contra mulheres humildes que pela necessidade de alimento que estejam sentindo no momento, aceitam mais facilmente este tipo de oferta. Para evitar isso sugere-se:
I. Nunca aceite ofertas (principalmente bebidas) ou convites de pessoas
estranhas.
II. Se a pessoa insistir se afaste.
III. Peça auxílio entrando em algum estabelecimento próximo.
IV. Acione a polícia pelo fone 190 ou chame um policial que esteja próximo.
V. Procure ir para local seguro, cuidando para não estar sendo seguida.
b. Em hospitais ou maternidades: uma pessoa simula ser enfermeira ou médica e retira a criança (principalmente recém-nascidos) dos braços
da mãe, a pretexto de levá-lo para o berçário ou para cuidados de higiene e desaparece com o bebê. Para evitar isso sugere-se:
I. Não apenas o cuidado da mãe, mas também do pai principalmente
(pela debilidade física da mãe nestes momentos) de parentes e amigos acompanhando o parto e convalecença são fundamentais para reforçar a segurança.
II. Cobre da adminstração do hospital a segurança que você e o bebê precisam e merecem, pois é responsabilidade do estabelecimento hospitalar provê-la.
III. Permanecer com o bebê junto à você, salvo casos de risco á saúde dele, são um direito seu e reforçam a proteção que ele precisa.
IV. Colabore com a segurança hospitalar, respeitando dias, horários e número de pessoas que lhe visitam. A fragilidade de sistemas de segurança em hospitais é fortemente influenciada pelo desrespeito a tais normas (que visam a proteção da saúde e segurança de todos), principalmente por parte de pacientes ou seus familiares e amigos.

Conclusão
O respeito e a dignidade que a mulher merece ter são deveres não apenas dos seus familiares ou do Estado, mas de toda a sociedade. É dever de todos colaborar para construir uma cultura de proteção a esta importante categoria de pessoas, numa sociedade em que à medida que cresce o número da população, crescem também os problemas que as afetam. Isto inclui fundamentalmente a preservação do direito à segurança que têm, não apenas por haver leis que resguardem isto, mas fundamentalmente como um dever moral da sociedade brasileira.
É importante também lembrar que a participação da mulher na sua própria segurança é fundamental, pois uma atitude preventiva por partedelas, no seu comportamento, hábitos e rotinas, melhorará muito a qualidade de vida no que tange à sua segurança pessoal e patrimonial, sua e de sua família. Por isso as medidas que aqui apresentamos visam criar uma cultura de segurança que melhore, no que for possível a segurança de todos.
A eficiência do que aqui se propôe, obviamente, dependerá do quanto as pessoas aceitem as sugestões que aqui foram apresentadas e as ponham em prática, sejam as próprias mulheres ou aquelas que as tem no seu convívio.
O que sugerimos nesta cartilha são apenas alguns aspectos que consideramos
mais importantes a serem lembrados, para garantir a segurança desse fundamental segmento da sociedade, através do qual todo ser humano vem ao mundo e ao qual devemos a nossa própria vida, que são as mulheres do nosso Paraná e do nosso Brasil, a quem dedicamos este humilde trabalho.

Secretaria de Estado
da Segurança Pública
NÚMEROS DE SEGURANÇA
190
POLÍCIA MILITAR
181
DISQUE DENÚNCIA
41 3219-8600
Delegacia da Mulher Polícia Civil/PR
41 3338-1832
Centro de Atendimento à Mulher
em Situação de Violência do Paraná
41 3221-7250
Coordenadoria dos Direitos de
Cidadania/SEJU/PR
Esta Cartilha foi elaborada pela Academia Policial Militar do Guatupê
BR 277, km 72, São José dos Pinhais/ PR - CEP 83.075-000
Fone: (41) 3299-7900 - email: apmg-p5@pm.pr.gov.br