domingo, 12 de dezembro de 2010

Um novo Começo

Foto: Camila de Souza

Antonio Carlos Gomes da Costa é pedagogo e participou da comissão de redação do Estatuto da Criança e do Adolescente
por Antônio Carlos Gomes da Costa

Quase a totalidade da mídia nacional saudou com esperança e confiança os últimos acontecimentos do Estado do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado, principalmente na área referente ao tráfico de drogas. Esse, a nosso ver, é apenas o primeiro passo – não de uma corrida de 100 metros rasos, mas de uma maratona que exigirá constância de propósito, paciência e coerência na condução das ações.

A retomada dos terrenos apropriados pelos traficantes é, sem dúvida alguma, importante e decisivo passo. A etapa seguinte é a ocupação das áreas baldias deixadas pelas demais políticas públicas praticamente nas mãos do crime organizado. A Rede Municipal de Ensino do município do Rio de Janeiro conta com mais de 150 escolas nas chamadas áreas conflagradas, isto é, dominadas por delinquentes adultos auxiliados por seus congêneres juvenis. A superação desse quadro exige um conjunto ordenado e articulado de ações entre a União, Estado e Município e entre Estado e Sociedade.

À sociedade, além dos importantíssimos programas de atendimentos de solidariedade social a crianças, adolescentes e jovens, cabe o incremento da prática da denúncia anônima, expediente ao alcance de qualquer cidadão minimamente informado sobre a importância do que vem acontecendo no Rio de Janeiro, não só para a população fluminense, mas para o Brasil como um todo.

Após a instalação, reiteração e retomada do controle dos serviços públicos pelo Estado, a medida mais importante será desencadear um processo sólido de pedagogia social (mídia, educação e socioeducação), visando à implantação de uma cultura de paz, que tenha abordagem e método na resolução pacífica de conflitos.

No que se refere ao atendimento aos adolescentes em conflito com a lei a quem foram aplicadas medidas socioeducativas de PSC (Prestação de Serviço a comunidade) e LA (Liberdade Assistida), cabe formar (em agentes educativos), capacitar (em estabelecimentos especializados como a Escola Paulo Freire de Gestão Socioeducativa do DEGASE/RJ) e treinar em serviço (nas unidades de atendimento) funcionários capazes de compreender, aceitar e praticar a letra e o espírito do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Aos Conselhos de Direitos, cabe traçar os planos de ação nacional, estaduais e municipais para tirar do papel o sistema de defesa de direitos. O SINASE (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) é o grande instrumento para realização desses propósitos. Aos Conselhos Tutelares, no dia-a-dia, cabe receber, estudar e encaminhar os casos a serem atendidos pelos CREAS. Aos CREAS, por sua vez cabe o papel de coordenar e integrar as ações das Redes Locais de Atendimento.

O conjunto de conhecimentos requeridos para o exercício de todas essas funções podem ser resumidos num pequeno conjunto de conteúdos, que, se bem articulados em termos intelectuais (interdisciplinares) e bem aplicado em termos prático–operacionais (interprofissionais) serão capazes de gerar uma capacidade inovadora, convergente e sinérgica.

A diferença entre o interdisciplinar e o interprofissional é que o primeiro é uma categoria de natureza acadêmica. Isso se refere ao processo de produção, acumulação e difusão de conhecimentos. Já o trabalho interprofissional refere-se à aplicação dos conhecimentos adquiridos ao cotidiano do trabalho nos campos da produção de bens e de serviços. Precisamos compreender na teoria e na prática essa distinção, pois muitos serviços sociais de natureza governamental e não governamental acabam se transformando em centros de discussão de uma determinada problemática e não em formuladores e executores de estratégias de intervenção sobre elas. Essa é uma realidade que é preciso e possível mudar e depende da capacidade de cada um de nós mudarmos a nossa postura ética, profissional, social e política diante deste quadro.

O Brasil tem muitas condições para reverter o presente quadro e já começamos a dar os primeiros passos no sentido de fazê-lo. Só assim, poderemos atravessar de cabeça erguida as nove décadas que nos separam do início do século XXII. Pouco adianta chegarmos a ser a quinta maior economia do mundo e nos posicionarmos em 73º lugar em termos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD). Essa distância reflete descompromisso ético, falta de vontade política e incompetência técnica. Não podemos mais continuar aceitando o inaceitável. É preciso usar a Constituição, as Leis para trabalhar e lutar em favor dos direitos da população que subsiste na subcidadania, principalmente as crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

sábado, 27 de novembro de 2010

Secretaria da Criança realiza concurso para textos sobre infância e adolescência

A Secretaria de Estado da Criança e da Juventude abriu um processo licitatório na modalidade de concurso para seleção de textos para compor o material didático de apoio à Formação Continuada aos Conselheiros Tutelares e dos Direitos da Criança e do Adolescente. Serão selecionados 21 textos, subdivididos por temas, conforme o edital. Cada autor poderá se inscrever com até dois temas.

Podem participar autores que tenham experiência profissional na área da criança e do adolescente através da atuação em áreas de docência, gestão, análise, coordenação, execução ou assessoramento no desenvolvimento de programas, projetos e pesquisas no âmbito da infância e juventude; atuação no Ministério Público ou Poder Judiciário; atuação como conselheiro estadual ou municipal de direitos da criança e do adolescente ou conselheiro tutelar.

O valor da premiação para os primeiros colocados de cada tema será de R$ 3,3 mil e os textos premiados serão publicados nos cadernos de apoio da Formação Continuada aos Conselheiros Tutelares e dos Direitos da Criança e do Adolescente. Os textos que não forem premiados serão publicados no Portal do Curso de Formação.

As inscrições para o concurso acontecem entre o dia 16 de dezembro de 2010 e 31 de janeiro de 2011. Informações no site www.secj.pr.gov.br .


Fonte:www.secj.pr.gov.br

domingo, 17 de outubro de 2010

17ª Oficina de produção de vídeo

O Canal Futura acredita que a juventude brasileira tem um importante papel a desempenhar quando o assunto é produção de TV, engajamento e ação social. E por isso abrimos nossas portas todo semestre para a OFICINA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO GERAÇÃO FUTURA, quando selecionamos 15 jovens para aprender como o Canal pensa a educação e prepara seus produtos. E a partir desse processo, iniciamos uma relação de troca, diálogo, aprendizado mútuo e construção de parcerias, gerando ótimos frutos!

O que é o projeto Geração Futura?
É um projeto do Canal Futura voltado para jovens de todo o Brasil com ênfase na experimentação audiovisual, na produção de TV e na formação de redes de articulação e comunicação com outros jovens, projetos sociais, escolas técnicas e Organizações não-Governamentais. Através de workshops de produção, de atividades de mobilização social e contato com múltiplas linguagens audiovisuais, oferecemos aos participantes ferramentas técnicas e conceituais para expressão artística e participação efetiva na comunidade.

O que é a Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura?
Nas férias de janeiro e julho, oferecemos workshops de câmera, edição, direção, roteiro, videografismo, produção, etc. ministrados por profissionais do Futura e do mercado de produção de TV. Apresentamos aos jovens um modelo de produção audiovisual, lançando o desafio ao grupo de produzir peças televisivas ao final da oficina. Os vídeos são exibidos na grade nacional do Futura e o Brasil todo pode ver e comprovar que os jovens têm muito a dizer, muito o que discutir e dividir com todos nós. E a TV, pelo seu apelo audiovisual e grande alcance, é um excelente veículo para tornar isso possível.

Quem pode participar?
A idade permitida para seleção é a faixa compreendida entre, e inclusive, 16 e 22 anos, lembrando que os menores de 18 anos devem contar com expressa anuência e responsabilização de seus pais ou representante legal, conforme detalhado no item “Como se Inscrever?” deste regulamento. Também é necessário que o jovem interessado esteja cursando o Ensino Fundamental, Médio ou que, comprovadamente, seja integrante de um projeto social de Organizações não-Governamentais. A participação deve ser de interesse do jovem, e não necessariamente da instituição a qual pertence.

Como participar?
Para participar, o estudante deve realizar um vídeo que tenha até um minuto sobre o tema “meu olhar”, e mandá-lo em CD ou DVD, junto com o formulário de inscrição preenchido até o dia 1º de novembro de 2010.

E como deve ser esse vídeo de um minuto?
Não é um vídeo jornalístico! A intenção é que ele seja realizado com recursos simples (câmera fotográfica, celular) e editado em softwares disponíveis gratuitamente na web ou nos sistemas operacionais (Windows, Mac, Linux).
O vídeo deve ter como tema principal no olhar diferenciado sobre o universo do jovem, com foco nos locais que freqüenta, nas pessoas que encontra, nos projetos que conhece, nas situações que vivencia. A peça deve explorar o ambiente em que o jovem vive e mostrar, de forma inovadora, o olhar do jovem sobre o espaço e a cultura do local. Deve ter, no máximo, um minuto de duração.
Com o vídeo pronto, o estudante interessado deve gravá-lo em um CD ou DVD e encaminhar para o Canal Futura, pelo correio, junto com seu formulário de inscrição.
Os critérios utilizados para a análise dos vídeos serão: (1) adequação ao tema proposto; (2) criatividade; (3) inovação na linguagem.

Quando acontecem as inscrições?
As inscrições para a 17 ª Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura deverão ser feitas entre os dias 13 de setembro e 1º de novembro de 2010.

Como se inscrever?
Para se inscrever na 17ª Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura, o jovem deve enviar pelo correio para o Canal Futura a seguinte documentação:
(a) formulário de inscrição preenchido,
(b) regulamento assinado,
(c) cópia da identidade do jovem inscrito,
(d) cópia da identidade do responsável pelo jovem inscrito – caso ele seja menor de idade,
(f) comprovante da matrícula do jovem na escola ou da participação em um projeto social,
(g) CD ou DVD contendo o vídeo de inscrição.

Como é a seleção?
O processo de seleção acontecerá entre os dias 20 e 26 de novembro 2010. Os candidatos selecionados serão convocados através de um telefonema, carta ou e-mail para a participação na Oficina. A seleção será feita por uma Comissão Julgadora interna, formada por funcionários da Fundação Roberto Marinho.
Serão selecionados para participar da oficina somente os jovens que preencherem todos os requisitos listados nesse regulamento, e atenderem os critérios estabelecidos para avaliação dos vídeos.
Serão selecionados 15 jovens para a participação na 17ª Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura. Cinco vagas podem ser destinadas a jovens que fazem parte de projetos parceiros do Geração Futura, do Canal Futura ou da Fundação Roberto Marinho. Os outros 10 participantes são selecionados através dos vídeos enviados.
A comissão formada por funcionários da Fundação Roberto Marinho assistirá todos os vídeos e fará a leitura de todas as inscrições enviadas e selecionarão os 10 que melhor atendem aos critérios de participação no Geração.

E a Oficina? Quando e onde acontece?
A 17ª Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura acontecerá entre os dias 10 de janeiro e 4 de fevereiro de 2011, durante o período das férias escolares. Serão quatro semanas de atividades que acontecerão na sede do Canal Futura, no bairro do Rio Comprido, no Rio de Janeiro. As atividades serão diárias e em período integral.

E depois da Oficina?
Com o término da oficina, os jovens recebem um certificado de participação e um DVD com as produções realizadas.
Esses jovens não terão qualquer vínculo empregatício com a Fundação Roberto Marinho e nem receberão remuneração direta ou indireta em função das atividades educativas praticadas durante a oficina.

Quem não mora no Rio de Janeiro, pode participar?
Quem não mora no Rio pode participar da 17ª Oficina de Produção de Vídeo Geração Futura, mas a Fundação Roberto Marinho não se responsabiliza pelos custos de passagem e alimentação dos jovens participantes. No entanto, para tornar a Oficina acessível a todos, a Fundação Roberto Marinho concederá uma ajuda de custos a até 6 (seis) jovens não-residentes no município do Rio de Janeiro que tenham seus vídeos selecionados. Essa ajuda de custos consistirá no pagamento da hospedagem desses jovens em albergue no Rio de Janeiro, bem como no custeio da locomoção dos jovens no trajeto hospedagem-local de realização da oficina.
A Fundação Roberto Marinho recomenda que os jovens residentes fora do município do Rio de Janeiro fiquem hospedados em residências de parentes ou pessoas de confiança de suas famílias. Os pais e demais responsáveis legais pelos jovens deverão contactar diretamente os estabelecimentos de hospedagem e autorizar, conforme legislação aplicável, a hospedagem dos jovens em tais recintos.
Além disso, a Fundação Roberto Marinho, em hipótese alguma, se responsabilizará pelas atividades dos jovens fora das oficinas.

Clique aqui para mais informações e para acessar a ficha de inscrição.

Como entrar em contato?
Pelo Correio: Projeto Geração Futura
Rua Santa Alexandrina, 336 – 3ºAndar
Rio de Janeiro, RJ / CEP: 20.261-232
Pelo Telefone: (21) 2502-0022
Por e-mail: geracao@futura.org.br
Pelo site: www.futura.org.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Protegendo nossas crianças e jovens das drogas 2 de 3

· Quando a criança ou adolescente se sente próximo da Família, tem menos chances de se envolver com álcool, cigarro e outras drogas;

· A Maconha é uma droga de origem natural e possui na atualidade um nível de THC (principio psicoativo), até cinco vezes mais alto do que nos anos 60 e 70;

· O sujeito que usa a maconha, pode apresentar como característica, desmotivação, facilitando o abandono dos estudos, diminuição dos reflexos e provocar visões distorcidas da realidade, prejudica o desempenho nos esportes, diminui a sensação de perigo, aumenta o risco de acidentes, provoca a perda da capacidade de concentração e da memória momentânea, com conseqüências sociais e baixo desempenho para a vida estudantil;

· Quem fuma a maconha ou andar com quem fuma pode estar exposto tanto a outras drogas como a problemas escolares, vida sexual precoce, gravidez indesejada e problemas com a lei;

· Caso você não converse com o seu filho sobre os malefícios das drogas, ele poderá receber informações equivocadas de seus colegas ou em outros lugares. Portanto, preste atenção e esteja pronto para argumentar contra os mitos e as meias-verdades que as crianças e adolescentes escutam e nas quais podem acreditar;

· O fumo da maconha contém os mesmos elementos cancerígenos que o cigarro, ás vezes, dependendo de sua procedência, em quantidades maiores;

· O uso ocasional de qualquer droga pode conduzir ao uso freqüente e, portanto, instalar no adolescente o uso nocivo (tóxico) da droga, que poderá levar à dependência química ou psicológica;

· A cocaína e o crack são as drogas disponíveis no Sul do Brasil, que apresentam o maior potencial de dependência química (orgânica) e psicológica;

· Se você mostrar ao seu filho que está disposto a dar resposta a qualquer momento, criará uma relação de confiança com ele e se sentirá à vontade para falar sobre as preocupações e ajudará a estabelecer uma relação de confiança. Mas não se esqueça que você não cumpre o papel apenas de “amigo”, mas pai, mãe ou responsável, que tem a função na sociedade de construir com o seu filho a educação moral;

Fonte: www.antidelito.net

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Preso Estuprador de garotas que agia no centro de Curitiba




Preso estuprador de garotas que agia no centro de Curitiba


Policiais do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) prenderam, por volta das 17h30 desta terça-feira (21), o homem suspeito de ter estuprado pelo menos cinco garotas no centro de Curitiba. “Desde a divulgação das imagens do suspeito temos recebido denúncias sobre a identificação e o paradeiro dele e hoje obtivemos sucesso na prisão”, disse a delegada Maricy Mortagua Santineli, do Nucria.

O suspeito tinha sido identificado como Cacildo César Novelleto, 50 anos. Segundo as informações, ele usava agora o cabelo raspado. Com esses dados, a polícia confirmou que Novelleto foi condenado por estupro em 1996 e solto em 2003. “Duas das vítimas o reconheceram como o homem que as estuprou”, informou Maricy.

Mais de dez policiais trabalhavam na localização de Novelleto desde sábado (18). “Soubemos que ele frequentava um antiquário no Largo da Ordem e também passava pela Rua João Negrão e deixamos equipes nesses dois locais para efetuar a prisão”, disse Maricy.

Os policiais também fizeram buscas e diligências em São José dos Pinhais e no Centro de Curitiba. A polícia não descartava a possibilidade de o suspeito ter fugido para outro Estado.

Nesta tarde os policiais localizaram o suspeito na Rua João Negrão, esquina com a Avenida Sete de Setembro, num ponto de ônibus. “Ele resistiu, pediu para ser morto, mas acabou sendo algemando e trazido até a sede do Nucria”, disse a delegada.

LÁBIA - Segundo a polícia, o suspeito agia nas proximidades do calçadão da Rua XV de Novembro, normalmente no período da tarde. Ele abordava meninas, com idade entre 12 e 16 anos, e com a conversa de emprego de secretária, convencia as garotas a ir com ele a apartamentos desocupados.

“O estuprador age sempre da mesma maneira, não utiliza armas para cometer a violência, usa somente a lábia para atrair suas vítimas”, diz Maricy. Nos imóveis, agredia ou ameaçava as adolescentes para obrigá-las a fazer sexo com ele.
22/09/2010 10:10

Fonte: www.sesp.pr.gov.br

domingo, 19 de setembro de 2010

Suspeito de estuprar garotas no centro de Curitiba é procurado pela polícia




O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) divulgou, nesta quinta-feira (16), imagens do suspeito de estupros, ocorridos no centro de Curitiba. O bandido age nas proximidades no calçadão da Rua XV de Novembro, geralmente no período da tarde.

O Nucria tem cinco inquéritos policiais abertos contra o homem. Ele tem cerca de 40 anos, 1,70 de altura, olhos e cabelos castanhos. Segundo a delegada Maricy Mortagua Santineli, do Nucria, ele aborda meninas, com idade entre 12 e 16 anos. Envolve-as com conversas, oferece emprego de secretária e atrai as vítimas até apartamentos desocupados, onde estupra as garotas.

“O homem age da mesma maneira, não utiliza armas para cometer a violência, usa somente a lábia para atrair suas vítimas”, diz Maricy. Nos imóveis, agredia ou ameaçava as adolescentes para obrigá-las a fazer sexo com ele. De acordo com a delegada, ele usava chave para entrar nos apartamentos desocupados e nem sempre os mesmos.

A delegada acredita que, com a divulgação das imagens de câmeras de segurança, será possível identificar o suspeito. “Precisamos da ajuda da população para localizar e prender esse homem”, diz. Três vítimas reconheceram o suspeito. “Quem tiver informação sobre ele deve ligar para o Nucria, no telefone (41) 3244-3577. Garantimos o anonimato do denunciante”, diz Maricy.

Segundo a delegada, a primeira denúncia contra o suspeito é de 2005. “Obtivemos as imagens de câmeras de vigilância do comércio local. Nelas aparece o suspeito com uma das vítimas, indo em direção ao local onde o último estupro ocorreu”.
18/09/2010 23:14

Fonte: www.sesp.gov.pr.br

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Medidas para evitar assaltos no trânsito

  • Estar atento(a) no trânsito já salvou a vida e o patrimônio de muitas pessoas.
  • Utilize os espelhos retrovisores para observar o que ocorre na traseira do seu veículo: assaltantes sempre tentam se aproximar do seu veículo por trás.
  • Nunca deixe objetos de valor sobre os bancos ou painel do veículo.
  • Um lugar excelente para levar sua bolsa enquanto dirige é no chão do veículo, sob suas pernas junto ao banco.
  • Evite ficar com os vidros abertos principalmente quando parado no semáforo.
  • Nunca deixe o braço para fora se usar jóias nele, ainda que momentâneamente num semáforo.
  • Nunca fale ao celular enquanto dirige, além de ser um risco para a segurança do trânsito facilita a abordagem de um assaltante quando você parar num semáforo por exemplo.
  • Quanto menos tempo ficar parado(a) no semáforo melhor para a sua segurança, para isso reduza a velocidade antes de chegar ao semáforo quando perceber que ele vai fechar.
  • Vale lembrar que o sinal amarelo é o começo do do vermelho e não o final do verde. Tentar forçar a passagem no amarelo alé de ser infração de trânsito é perigoso para o caso de acidentes e fará você permanecer mais tempo parado(a) se não conseguir atravessar.
  • Duas pessoas numa moto, dizendo para que você pare porque o cinto de segurança está pendurado para fora é um golpe usado por assaltantes para tentar abordá-lo quando parar.
  • Ao retornar para casa observe se não está sendo seguido por assaltantes, para ser abordado ao chegar em casa.
  • A hora de sair e de chegar em casa, de carro, sempre é um momento de atenção redobrada, principalmente se há pouca visibilidade na entrada da sua residência (muros totalmente fechados, excesso de arborização, pouca iluminação à noite, etc).
  • Caso for abordado por um assaltante num semáforo, procure fazer o que ele manda, sem gestos bruscos e sem oferecer resistência, pois isto pode gerar uma reação violenta do delinquente.
  • Não tente arrrancar com o veículo para fugir, se ele estiver armado com arma de fogo, sua chance de escapar ileso(a) neste caso é muito limitada.
  • No caso de estar com uma criança pequena no banco de trás, pegue a criança por entre os bancos da frente e saia já com ela no colo. Não tente pegá-la por fora após sair, pois não haverá tempo hábil: o criminoso estará arrancando nesta hora, o que pode gerar a queda da criança ou ela será levada por ele, na pressa de fugir.
  • Deslocar a uma velocidade média fará com que você pare menos nos semáforos e/ou fique menos tempo parado. Ir mais rápido fará com que acabe parando mais e ficando mais tempo parado esperando o sinal abrir.

Na presença de um criminoso

  • Jamais reaja: isto pode custar sua vida.
  • Mesmo uma simples tentativa de fuga pode ser considerada uma reação.
  • Se ele já lhe abordou é melhor evitar ações ousadas.
  • Cuidado redobrado se ele estiver armado.
  • Jamais subestime o perigo de um delinquen te durante um assalto, mesmo que seja jovem ou pareça frágil ou não mostre armas
  • Entregue logo o que ele quer para que se vá o mais rápido possível: quanto mais tempo ele ficar na sua presença mais perigo você corre.
  • Evite tentar enganá-lo: isto aumenta muito o risco para você se ele perceber.
  • Não tente protelar a fuga dele com tentativas de negociação: ele poderá reagir violentamente se achar que você está tentando “enrolá-lo”.
  • Evite fixar o olhar no rosto dele por muito para não dar a impressão de que está tentando gravar na memória a sua fisionomia: grave a fisionomia dele de forma discreta, para repassar à polícia depois.
  • Quando ele fugir evite ´persegui-lo ou mesmo segui-lo.
  • Chame a polícia pelo 190 logo queele se afastar.
Fonte: www.antidelito.net

sábado, 21 de agosto de 2010

Segurança na volta às aulas 2 de 2

· Evite que seus filhos tenham o hábito de ir a outros lugares após sair da escola e antes de ir para casa: o desaparecimento deles demoraria a ser notado;

· Sempre converse com seus filhos e conheça que são seus amigos, principalmente aqueles com quem eles andam frequentemente;

· Se seu filho passar a apresentar comportamento depressivo, recusar a ir para a escola ou tiver quedas bruscas no desempenho escolar, converse também com a escola, pois ele poderá estar sendo vítima de perseguições de colegas (bulling);

· Mantenha contato regular com a escola, para monitorar a conduta do seu filho e também colaborar com iniciativas da escola para melhora da segurança de todos;

· Se sua escola não possue um conselho de segurança (composto por pais, funcionários e professores) proponha a sua criação: isto melhora a segurança de toda a comunidade escolar;

· Faça pessoalmente verificações quanto ao controle de acesso que sua escola dá a pessoas estranhas, bem como questione sobre sistemas de segurança que ela possua: é dever da escola e direito seu e de sua família;

· Colabore com controle de acesso da escola, como utilizar decalcos no seu carro, evitar buscar seu filho com carros diferentes, bem como levar pessoas estranhas para dentro da escola ao levar e buscar seus filhos;

· Nunca desautorize medidas de segurança que a escola esteja tomando, por exemplo criticando controles e veirifcações do pessoal de segurança, ou apoiando ou incentivando seu filho a não colaborar com tais medidas;

· Evite que seu filho vá para a escola com bens muito chamativos, como tênis importado, jaquetas ou bonés caros;

· Se suas crianças vão a pé para a escola, reforce diariamente a importância de observar os cuidados mínimos de segurança.


Fonte: www.antidelito.net


Fonte

domingo, 15 de agosto de 2010

Professor José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal)

No dia de 29 de abril, o Professor José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal), participou da conferência “A Cidade Educativa”, evento organizado pelo Projeto Quixote (SP). Foram discutidos os problemas existentes no modelo educativo presente nas escolas brasileiras. Ele ainda compartilhou experiências e alternativas encontradas em suas viagens pelo País.


Confira o vídeo:


Link da reportagem:

Professor José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal)

No dia de 29 de abril, o Professor José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal), participou da conferência “A Cidade Educativa”, evento organizado pelo Projeto Quixote (SP). Foram discutidos os problemas existentes no modelo educativo presente nas escolas brasileiras. Ele ainda compartilhou experiências e alternativas encontradas em suas viagens pelo País.


Confira o vídeo:


Link da reportagem:

Professor José Pacheco, criador da Escola da Ponte (Portugal), avalia sistema educacional brasileiro

No dia de 29 de abril, o Professor José Pacheco, da Escola da Ponte (Portugal), participou da conferência “A Cidade Educativa”, evento organizado pelo Projeto Quixote (SP). Foram discutidos os problemas existentes no modelo educativo presente nas escolas brasileiras. Ele ainda compartilhou experiências e alternativas encontradas em suas viagens pelo País.

Confira o vídeo:


Link da reportagem:
http://www.promenino.org.br/Default.aspx?TabId=77&ConteudoId=1e5088f6-252e-4ee7-85b5-977f94e8e26d


Fonte - www.promenino.org.br

Segurança na volta às aulas 1 de 2

Segurança na volta às aulas 1 de 2

· Sempre colabore com a segurança na escola onde suas crianças estudam, seja no trânsito na imediações, sejam nas medidas gerais de segurança que ela adota;

· Sempre oriente seu filhos a não conversar com estranhos ou aceitar ofertas que façam enquanto vai à escola (crianças que vão sozinhas) ou enquanto aguardam você ou o transporte escolar apanhá-las;

· Se as crianças puderem aguardar dentro da escola ou dentro de casa o transporte que as leva e traz é muito melhor;

· Não permita que suas crianças levem objetos que não interessem ao estudo para a escola, pois isto pode trazer problemas para elas, para os colegas e para a escola, como pincel atômico (usado para pixação) estiletes, canivetes e aparelhos caros como video games, celulares de maior valor, jóias mais valiosas e outros;

· Inspeções de inopino em bolsas e mochilas escolares pode ajudar neste controle além de que você poderá se surpreender com as coisas que jovens levam para a escola hoje em dia;

· Se você possue armas em casa, mantenha-as totalmente fora do alcance dos seus filhos principalmente se forem adolescentes: é muito grande o número de jovens que levam as armas dos pais para a escola sem que estes saibam;

· Se suas crianças são pequenas é ideal que sempre as mesmas pessoas as apanhem na escola, para não confundir os funcionários que acompanham a saída dos alunos da escola;

· Faça contato frequente com esses funcionários e faça com que conheçam seus filhos, isto ajuda muito na segurança das suas crianças;

· Cobre da escola níveis adequados de segurança na entrada e saída dos alunos, se achar que não está adequado;

Fonte: www.antidelito.net

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Nicolas já está com sua mãe - Sequestradora está presa

Qui, 12 de Agosto de 2010 20:48

A Polícia Civil de Apucarana, confirmou a prisão no início da noite da quinta-feira (12), da mulher acusada de ter sequestrado o menino Nícolas Henriques. O menino foi encontrado em uma residência em Cambé na casa de um parente da acusada...

A mulher de 41 anos disse que fez o que fez em nome do amor pela filha que tinha "gravidez psicológica". Durou cerca de 24 horas o dezespero da mãe do bebê. Os pais de Nícolas - Taís e Lincoln Henriques aguardam agora por exames de praxe da polícia para de fato considerarem o caso resolvido. Entretanto, a criança está com a mãe em seu quarto no hospital.

Marlene Maria de Lima - 40, foi localizada no fim da tarde em Cambé. Com ela, a filha de 16 anos que implorava - no momento de sua apresentação à imprensa que a mãe dissesse a verdade. A presa trabalhava em serviço de enfermagem de um Pronto Socorro na cidade de Mauá da Serra e sabia sobre a rotina da maternidade onde cometeu o crime.

Os delegados de polícia, Gabriel Junqueira (Chefe da 17a SDP de Apucarana) - Gustavo Dante (Delegado da DP em Marilândia do Sul) e Ana Cláudia Machado (SICRIDE) - Investigações de Desaparecidos, trabalharam no caso juntamente com equipe de agentes da Polícia Civil de Apucarana e da Polícia Militar - P2 (Serviço Reservado), para a troca de informações.

Dr. Gustavo, emocionado disse que pessoalmente se empenhou no caso - inclusive tendo ele, prometido à mãe de Nícolas que só descansaria após encontrar seu filho - e ele foi o cabeça das investigações. Seguindo as pistas certas, com a equipe e juntamente com a Delegada do SICRIDE - Dra Ana Cláudia, as informações se confirmavam até o reconhecimento por Taís de uma imagem da sequestradora.

Com as informações, o reconhecimento e o apoio do judiciário da Comarca de Apucarana - Dr. Katsujo Nakadomari - o juíz expediu o mandado contra Marlene - as diligências se deram na cidade de Cambé - casa de um primo das duas detidas - segundo a polícia ele nada sabia e não teria participado.

Dr. Gustavo reinterou que exime de quaisquer responsabilidades no sequestro em si os funcionários da maternidade. Dr. Gabriel Junqueira, nas entrevistas durante o dia, se pronunciou contra o sistema de segurança interna do hospital. "A princípio, a instituição é negligente quanto ao ocorrido - por ter permitido uma pessoa estranha a todos a entrada e saída do local roubando uma criança", disse.


Ministério Público de Apucarana se pronunciou sobre o caso à nossa reportagem. Dr. Gustavo Marcel Marinho, em nome da promotoria de justiça, disse que pediram prioridade às autoridades policiais no caso - assim como empenho especial na elucidação do sequestro.

Os delegados dedicaram apreço ao trabalho da imprensa que durante essas 24 horas, cobriram e apelaram para as denúncias - "foram elas, as denúncias que nortearam as investigações", disse Dante emocionado.

Os pais de Nícolas agradeceram a todos que de uma forma ou de outra também se empenharam - missas e cultos foiram realizados em Apucarana para pedir pelo encontro do menino.

Na mesma hora em que a polícia prendia Marlene Maria em Cambé, centenas de pessoas rezavam pelo sucesso da polícia nas investigações - terminadas celebração, Nícolas estava no colo de sua mãe no quarto da maternidade. "Foi a mão de Deus que deu forças à polícia e trouxe o menino de volta para Apucarana", disse uma leitora do site - ela ligou para a redação para falar das orações oderecidas ao menino Nícolas.

Da Redação - ApuKaOnline

Nicolas Henriques - O bebê raptado da maternidade em Apucarana

Nicolas Henriques - O bebê raptado da maternidade em Apucarana
Qui, 12 de Agosto de 2010 11:19

Nicolas Henriques, filho de Taís e Maicon Henriques foi "roubado" da maternidade do Hospital da Providência Materno Infantil de Apucarana nesta quarta-feira (11) à noite. Na manhã de hoje, familiares, imprensa de todas as mídias e polícias se aglomeravam de fronte ao hospital sem resposta. Fotos...

Emocionado pela manhã, o pai de Nicolas - Maicon Henriques e familiares querem justiça e culpam o hospital de negligência. Até mesmo o delegado de polícia - Gabriel Junqueira, admitiu à reportagem que há falhas na segurança do hospital.

A direção do Hospital da Providência de Apucarana se manifestou oficialmente em coletiva de imprensa realizada às 09h30 desta manhã (12). Um advogado da instituição acompanhou a entrevista. Neilton Rodrigues, diretor administrativo do hospital explicou o procedimento deles desde o momento que souberam do caso.


Pessoal do Providência e polícia passaram a madrugada desenrolando o ocorrido. Imagens de câmeras são buscadas em todo canto da cidade que sejam suspeitas.

  • Uma mulher chegou a ser encaminhada para depoimento ainda pela manhã, no entanto se descartou qualquer participação sua.

"Estamos colaborando com a polícia", disse Neilton. O diretor relatou também que policiais tem acesso ao arquivo de funcionários e ex do hospital.

A falsa enfermeira conhecia a rotina da maternidade, concordaram na entrevista os representantes do hospital.

O que fazer agora: O hospital vai promover a colocação de câmeras de segurança na maternidade. "Por uma questão de custo e por nunca ter ocorrido nada nesse sentido na cidade, ainda o sistema não foi implantado e faremos já nos próximos dias", admitiu Neilton Rodrigues.


As polícias de Apucarana - Civil - Militar e Guarda-Municipal atuam em conjunto para coleta de informações e diligências quanto ao caso. Segundo o delegado, a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná - SESP-PR,foi comunicada oficialmente do fato.

Técnicos de criminalística da Polícia Civil do estado devem estar na cidade hoje para realização de retratos falados a partir de informações de testemunhas - família e funcionários do hospital.

O Ministério Público de Apucarana acompanha as investigações a partir de relatórios da polícia.

Da Redação - ApuKaOnline

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ICAMI TIBA

PALESTRA COM IÇAMI TIBA
DATA: 07/10/2010
HORÁRIO:20HS
LOCAL:CELEBRA EVENTOS
VALOR DA INSCRIÇÃO: R$ 30,00 - SE HOUVER MAIS DE 50 INSCRITOS PELA SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL O VALOR DA INSCRIÇÃO FICARÁ POR R$ 25,00.

OBS.; VAGAS LIMITADAS E DEVERÃO SER REALIZADAS A RESERVA.
RESERVA DE VAGA COM A THAIS NO CREAS

Pais presentes, notas altas

Estudantes cujos pais se interessam pelo estudos têm notas mais altas, revela pesquisa do MEC

do clipping da Andi

A presença efetiva da família no ambiente escolar ajuda diretamente o desempenho escolar de crianças e jovens. É o que aponta pesquisa do Ministério da Educação, a partir do cruzamento das notas em Português e Matemática com as respostas ao questionário socioeconômico do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, o Saeb. Estudantes cujos pais se interessam pelo estudos têm notas mais altas. O exame foi aplicado a 300 mil estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º do Ensino Médio das redes pública e privada. Os alunos do 5º ano que declararam que sempre veem a mãe lendo obtiveram média 20 pontos maior em Língua Portuguesa (172,6 contra 152,6). No caso dos pais que cobram a lição de casa, os alunos tiveram, em média, 14 pontos a mais do que os outros (159,6 a 173,9) em Matemática.

Fonte: O Dia (RJ) – 29/07/2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Inscreva-se para a etapa virtual de Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil

Atividades online começam em 1º de setembro, mas inscrições para apresentar trabalhos vão até o dia 15 de agosto

Estão abertas as inscrições para participar da etapa virtual do III Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil, que terá por tema “Redes e Inovação para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil”. O encontro, organizado pela Fundação Telefônica nos 13 países em que atua, traz como elemento inovador a utilização das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) no combate ao trabalho infantil e no próprio encontro. Até o próximo dia 15 de agosto, os participantes que tiverem interesse em submeter trabalhos para serem apresentados nessa etapa devem se inscrever pelo hotsite http://pt.encontrotrabalhoinfantil.fundacaotelefonica.com/

O encontro virtual acontece durante os meses de setembro e outubro, enquanto o presencial será realizado no início de novembro em Bogotá, na Colômbia. A proposta é promover uma discussão contínua entre os participantes e fomentar a criação de uma rede internacional de prevenção e combate ao trabalho infantil.

“Com um formato inédito, o encontro online se constituirá num amplo espaço de discussão sobre trabalho infantil, onde todos os atores envolvidos poderão trocar informações e experiências, sobretudo no que diz respeito à América Latina”, afirma Sérgio Mindlin, diretor-presidente da Fundação Telefônica. “Assim, os dois dias do encontro de presencial ganham expressiva ampliação e contribuição”, complementa o executivo.

As inscrições para a etapa virtual do evento são gratuitas e estão abertas até o final das atividades, previsto para 31 de outubro. Mas as inscrições para a apresentação de trabalhos durante o encontro virtual, sejam estudos ou experiências práticas, devem ser feitas até 15 de agosto. Participe!

Para mais informações e inscrições no encontro virtual, acesse http://pt.encontrotrabalhoinfantil.fundacaotelefonica.com/

Saiba mais também sobre o encontro presencial em http://www.fundacion.telefonica.com/pronino/encuentrotrabajoinfantil/

Fonte: www.promenino.org.br

terça-feira, 6 de julho de 2010

Comunidade contra o crime: trabalhando juntos por um Brasil mais seguro.

"A segurança deve ser alimentada pela segurança mútua." (Sêneca)

Medidas para evitar furtos de veículos 3 de 4



Ter seguro do seu veículo é importante, mas não substitui a necessidade de que você tome as medidas preventivas ao seu alcance;

Ao sair para se divertir à noite, pense um pouco na segurança do seu veículo antes de entrar na diversão. Os dissabores de ter seu veículo furtado estragam até festa mais alegre;

Nunca deixe crianças encarregadas de trancar o seu veículo ou tomar medidas de segurança que cabem a você;

Nunca mande uma criança com as chaves do carro buscar algo esquecido no veículo, se este não estiver guardado em lugar seguro;

Mesmo em estacionamentos com serviço de segurança deixe sempre seu veículo trancado e com todos os sistemas de segurança ativados;

Se for utilizar estacionamento onde é necessário entregar as chaves a um manobrista, lembre de não deixar objetos de valor em seu interior e sempre leve consigo o comprovante da entrega do veículo, conferindo se ali constam os dados do seu veículo: são a única prova de que você deixou seu veículo ali;

Ao retornar ao seu veículo, antes de sair verifique se nada sumiu e se não há danos no seu carro;


Fonte: www.antidelito.net

quarta-feira, 30 de junho de 2010

ADOLESCENTE DESAPARECIDA


Jovem continua desaparecida em Apucarana
Qua, 30 de Junho de 2010 14:11
A jovem desapareceu no último final de semana após sair com amigas para ir à missa. Seus familiares preocupados registraram Boletim de Ocorrência na Delegacia de Apucarana. Emily Marques Gaspar tem 14 anos e mora no Jardim Ponta Grossa...


Segundo o Conselho Tutelar de Apucarana, a mãe de Emily procurou o Cartório da Polícia Militar no último domingo, e orientada procurou na casa de amigas da filha. Não a encontrando, a mãe registrou Boletim de Ocorrência na noite de ontem, foi quando orientada pela PM procurou a conselheira tutelar Ana Maria Schmidt.

A foto de Emily foi repassada a órgãos de imprensa da cidade e à viaturas da Polícia para que possa ajudar na sua localização. Informações podem ser repassadas aos telefones 190, 9974-3901 e 0800-643-1161

Da Redação – ApukaOnline

Pesquisador diz que sistema socioeducativo é a superação de modelos repressivos ou assistenciais


O pesquisador e gestor de projetos do Fundo das Nações Unidas no Brasil (Unicef), Mário Volpi, fez nesta quarta-feira (30) uma retrospectiva do atendimento dado ao adolescente em conflito com a lei no Brasil durante o terceiro dia do Seminário Criança Prioridade Absoluta, em Curitiba. Volpi foi um dos palestrantes do Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas, realizado dentro do evento promovido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Cedca-PR) no Centro de Eventos do Cietep. Volpi relatou que a preocupação com o adolescente autor de ato infracional no Brasil surgiu a partir de uma perspectiva filantrópica, já que não existiam políticas públicas direcionadas para atender este público. “Era uma iniciativa das irmandades, uma vez que o Estado não fazia nada. O adolescente era visto como uma vítima da sociedade, alguém dependente de misericórdia”, comentou. Estas ações resultaram no modelo que ele classifica como assistencial-caritativo, ainda vigente hoje no país e que divide espaço com outros dois modelos, o correcional-repressivo e o socioeducativo. O modelo correcional-repressivo, explicou, parte de paradigmas da medicina e da psicologia para justificar os problemas de enquadramento social de crianças e adolescentes. De acordo com esta perspectiva, que segundo Volpi ainda é muito presente na sociedade brasileira, estes jovens precisam ser retirados da sociedade para serem tratados e recuperados. “É a ideia de que o delito é produzido no adolescente e não na sociedade. Ao trancafiá-lo, controla-se o delito”, esclareceu. SUPERAÇÃO – Com a redemocratização do Brasil, a partir da década de 80, inicia-se a discussão de um novo modelo, no qual se busca enfrentar os dois componentes do delito: a questão social e a pessoal. “Até então, o adolescente não é visto como um sujeito de direitos, como alguém que toma decisões”. É a partir deste cenário e reforçado pela Constituição de 1988 e a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, que começa a se desenhar o modelo socioeducativo. “Este novo modelo não é a síntese dos dois anteriores, mas a superação de ambos. Mas o grande desafio hoje é que boa parte dos operadores do sistema foram formados nos modelos anteriores”, comentou. De acordo com ele, o Brasil se desenvolveu muito do ponto de vista conceitual e no que diz respeito à estrutura das instituições, mas ainda não atingiu o ideal do modelo socioeducativo porque a filosofia repressiva ainda é muito presente. “O Paraná fez um grande investimento na estrutura física, na realização de concursos e na capacitação dos profissionais e está pronto para fazer a transição para o modelo socioeducativo”, enfatizou. Ainda dentro da socioeducação foram discutidas as medidas socioeducativas em meio aberto, com o juiz João Batista da Costa Saraiva, e a justiça restaurativa e os Direitos Humanos, com o juiz Leoberto Brancher, ambos do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Profissionais abordam os diferentes modelos de atendimento ao adolescente em conflito com a lei



Os avanços e desafios do sistema socioeducativo no Brasil e os diferentes sistemas adotados nos países das Américas foram os temas debatidos nesta terça-feira (29) durante o Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas. O evento ocorre durante o Seminário Criança Prioridade Absoluta, promovido pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná, realizado no Centro de Eventos da Fiep, em Curitiba. O Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas reúne cerca de 350 pessoas, entre juízes da Infância e Juventude, promotores de Justiça, técnicos do poder judiciário, gestores e operadores de medidas socieducativas em meio aberto, além de gestores do sistema socioeducativo dos 27 estados brasileiros. Nesta terça-feira, o jurista argentino Emílio Garcia Mendez – ex-consultor do Unicef e professor da Universidade de Buenos Aires –, e o professor norte-americano Forrest Novy – diretor do Instituto Interamericano de Justiça Juvenil da Faculdade de Serviço Social da Universidade de Texas, nos Estados Unidos apresentaram panoramas de outros países no tratamento aos adolescentes autores de ato infracional. Mendez considera o Estatuto da Criança e do Adolescente uma “verdadeira ruptura paradigmática” com a legislação vigente há 20 anos, o Código de Menores. “O Brasil é o país que menos discute a Convenção Internacional dos Direitos das Crianças justamente por causa do Estatuto, que é versão brasileira da convenção”, destacou. Até então, ressaltou, os adolescentes jamais eram julgados pelo que fizeram, mas sim por aquilo que eram. O jurista argentino foi um dos consultores da redação do Estatuto. Para ele, apesar de todos os avanços, a legislação brasileira passa por duas crises: a da implementação, reflexo da ausência crônica de recursos para as áreas sociais em toda a América Latina; e a crise da interpretação. “O Brasil é um país que se antecipou com esta lei. A Argentina é o mais atrasado. Mas mesmo assim, nos dois países temos o movimento do neo-menorismo, formado por aqueles que acham que se foi longe demais na compreensão das crianças como sujeitos de direitos”, explicou, ressaltando que uma das tendências mais preocupantes é a diminuição sistemática das garantias. “O grande perigo é o uso da privação de liberdade não como forma de punição por delitos graves, mas como forma de contenção de jovens pobres”. Forrest Novy apresentou a situação do sistema justiça juvenil dos Estados Unidos, onde cada estado da federação tem autonomia para legislar sobre o assunto. Ao mostrar o perfil dos adolescentes privados de liberdade, verifica-se um cenário similar ao brasileiro: a maioria é afrodescendente – ou afro-americano, classificação utilizada lá – ou latina, com baixa escolaridade e oriundos de famílias pobres. “São jovens sistematicamente isolados dos programas de esporte, do acesso à música, às artes e dos programas universitários”, comentou. Outro problema grave nos Estados Unidos citado por Forrest é a presença de adolescentes dentro do sistema penal adulto, situação aceita em mais da metade dos estados norte-americanos. Alguns estados também não contam com tribunais específicos para este público. Segundo o professor, mais de 200 mil jovens com menos de 18 anos já foram condenados em tribunais comuns naquele país. Os estados onde estes problemas são mais recorrentes são a Flórida, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Sul. A realidade brasileira também entrou na pauta desta terça-feira. O assessor do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Francisco Brito, a coordenadora do Programa Nacional de Atendimento Socioeducativo da SEDH, Lúcia Rodrigues, o presidente do Fórum Nacional de Justiça Juvenil (Fonajuv), Humberto Júnior, o presidente do Fonacriad e coordenador de Socioeducação da Secretaria da Criança e da Juventude, Roberto Bassan Peixoto, o promotor Marcio Berclaz e a secretária Thelma Alves de Oliveira falaram sobre os avanços e desafios do modelo socioeducativo brasileiro.


Atores do Sistema de Garantia de Direitos discutem o Direito à Convivência Familiar e Comunitária



Conselheiros tutelares e de direitos, gestores municipais, pesquisadores e profissionais de programas de atendimento à criança e ao adolescente participaram do debate sobre O Novo Direito à Convivência Familiar e Comunitária, nesta terça-feira (29), no Centro de Eventos da Fiep, em Curitiba. O promotor de justiça do Rio Grande do Sul, Neidemar Fachinetto, foi quem proferiu a palestra.O debate abriu a programação do Seminário Estadual de Convivência Familiar e Comunitária, que acontece durante o evento Criança Prioridade Absoluta, que celebra os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Neidemar falou sobre a lei 12.010/2009, também conhecida como “a nova lei da adoção” e esclareceu as dúvidas dos participantes sobre os direitos de crianças e adolescentes que precisam ser afastadas das famílias. “A nova lei prevê um fluxo bem definido para garantir às crianças seu direito de ter uma família, mas precisamos criar instrumentos que façam cumprir a lei. A articulação, capacitação e mobilização dos atores envolvidos nesse processo é essencial para a concretização do que está estabelecido no papel”, afirmou.O promotor também alertou para a importância da avaliação contínua de toda a rede de atendimento e da criação de um plano de ação de médio prazo, que vai garantir a continuidade e o aperfeiçoamento das ações. “Os encontros e capacitações realizados pela Secretaria possibilitam que as entidades se preparem e desenvolvam ferramentas, fortalecendo o Sistema de Garantia de Direitos”, elogiou Neidemar.A coordenadora de Ações Protetivas da Secretaria, Aline Pedrosa Fioravante, apresentou uma breve análise do panorama paranaense de crianças e adolescentes abrigados. Um levantamento feito em 2009 pelos técnicos que acompanham o programa Crescer em Família apontou que a quantidade de crianças que permanecem em abrigos por mais de três anos tem diminuído e é possível observar um aumento de casos em que a reintegração às famílias é feito com sucesso.

Medidas para evitar furtos de veículos 2 de 4

Comunidade contra o crime: trabalhando juntos por um Brasil mais seguro.

"A segurança deve ser alimentada pela segurança mútua." (Sêneca)

Medidas para evitar furtos de veículos 2 de 4

· Nunca deixe a chave na ignição quando sair do veículo, mesmo que em saídas momentâneas. O número de veículos furtados por esse tipo de descuido é grande;

· Evite deixar documentos do veículo em seu interior;

· Sempre antes de se afastar verifique o trancamento de portas e janelas, mesmo que o veículo possua sistemas automáticos para fazê-lo. Falhas no funcionamento destes são muito comuns mesmo em veículos mais caros.

· Ainda que você more em condomínio com garagem fechada, sempre deixe o carro totalmente trancado e com sistemas de segurança acionados;

· O cuidado deve ser redobrado se você estiver passeando com seu veículo em pontos turísticos de alta frequência, principalmente se o seu veículo está ainda carregado com a sua bagagem;

· Quando mandar lavar ou consertar seu veículo, nunca deixe as chaves da sua casa no mesmo molho das chaves do carro;

· Tudo o que você utilizar para dificultar a ação de um delinquente, ganha tempo a seu favor e contra a ação dele, o que aumenta a segurança do seu veículo.

Fonte: www.antidelito.net

terça-feira, 29 de junho de 2010

Seminário Criança Prioridade Absoluta homenageia juristas que contribuíram com a redação do ECA


Juristas que participaram da redação do Estatuto da Criança e do Adolescente, jornalistas e instituições que contribuíram para a consolidação dos direitos da criança e do adolescente ao longo dos últimos 20 anos foram homenageados nesta segunda-feira (28), na abertura do Seminário Criança Prioridade Absoluta, em Curitiba. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Paraná (Cedca-PR) e reúne cerca de 1,5 mil pessoas durante toda a semana no auditório do Sistema da Federação das Indústrias do Paraná, no Jardim Botânico.
O evento reúne até sexta-feira (2) profissionais e representantes de entidades brasileiras que atuam com o público infanto-juvenil como gestores municipais e estaduais, juízes, promotores, conselheiros, servidores, professores, pesquisadores, profissionais do terceiro setor que estão debatendo as políticas públicas para crianças e adolescentes.
Durante a abertura oficial do seminário, o governador Orlando Pessuti abordou os avanços realizados pelo Governo do Paraná na proteção e amparo às crianças e jovens paranaenses. “Nós conseguimos implantar no Paraná o percentual de 30% do orçamento para a educação, temos construído escolas, quadras cobertas e realizado melhorias nas áreas da cultura, esporte, da ciência e lazer. Além disso, somos o único Estado com uma Secretaria que trata exclusivamente deste público”, disse Pessuti, referindo-se à Secretaria de Estado da Criança e da Juventude.
O governador lembrou que, com 28 anos dedicados à vida pública, participou dos debates para implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente e destacou a importância da legislação. “Festejamos os 20 anos do Estatuto com o sentimento de que estamos cumprindo nosso dever enquanto governantes, em respeito à família, à criança e ao adolescente que vive no Paraná. Faremos ainda mais para ter uma sociedade justa, fraterna e mais humana, em que todos possam se respeitar e construir uma vida melhor”, afirmou.
A secretária da Criança e da Juventude, Thelma Alves Oliveira, criticou a proposta de redução da maioridade penal e disse que o Estatuto representa um novo olhar sobre a sociedade. “Esperamos que, nos próximos dez anos, existam mais direitos fundamentais e menos políticas de resgate. Que a família e a sociedade estejam mais participativas e mais solidárias. Que os programas implantados sejam políticas de Estado e não apenas política de governo”, afirmou.
De acordo com a secretária, o evento tem o objetivo de engajar os gestores municipais e conselheiros, e todos aqueles que atuam na área, em temas como capacitação, socioeducação, violência, educação e convivência familiar, relacionadas ao Estatuto. “A ideia é ressensibilizar, remobilizar todos os atores para que possamos seguir nesta caminhada de luta de garantia de direitos humanos e sociais a todas as crianças”, completou.
AVALIAÇÃO – O desembargador Antonio Amaral e Silva, de Santa Catarina, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente, explicou que o trabalho foi um esforço para trazer ao País da doutrina das Nações Unidas para proteção integral da criança, consideradas as experiências locais de médicos, pedagogos e assistentes sociais.
“Antes, a criança e o adolescente eram tratados como objeto do Direito. A partir do Estatuto, eles passaram a ser reconhecidos como sujeitos. Além disso, o documento possibilitou que, pela primeira vez, o Estado fosse chamado aos tribunais pelo descumprimento de políticas públicas”, explicou Silva.
Para o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior, que também trabalhou na redação do ECA, a criação de conselhos da criança e do adolescente, formados por representantes de órgãos públicos e da sociedade, também são avanços trazidos pelo documento. “Eles significam a possibilidade de, em todos os municípios, fazer um diagnóstico adequado da situação da infância e da juventude e, a partir disso, traçar uma política efetiva. Os tribunais superiores inclusive vinculam as deliberações do conselho ao administrador e que deve haver preferência dos recursos para esta área”, contou.
O ex-procurador de Justiça de São Paulo, Munir Cury, um dos redatores do Estatuto da Criança e do Adolescente, falou sobre as dificuldades para sua implantação efetiva. “Como qualquer legislação destinada à criança e ao adolescente, ela depende da conscientização da sociedade a respeito da participação dela na solução destes problemas. Esperamos que este evento seja um passo fundamental em direção a isso”, explicou.
Além de Antônio Amaral e Silva, Olympio de Sá Sotto Maior Neto e Munir Cury, outro jurista homenageado nesta segunda-feira foi o procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Paulo Afonso Garrido de Paula. Os jornalistas escolhidos para representar o papel da mídia nesta área foram José Carlos Fernandes e Mauri König, do jornal Gazeta do Povo; Elson Faxina, da TV Paraná Educativa; Douglas Moreira, da Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência (Ciranda) e Miriam Pragita, da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi).

Fonte: http://www.secj.pr.gov.br/

sábado, 26 de junho de 2010

Encontro em Curitiba reune mais de 1,500 pessoas, em Comemoração aos 20 anos do ECA


E o Estatuto da Criança e do Adolescente, como vai?
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) vai bem, obrigado! Em 20 anos, conseguiu se manter em sua essência: provocou a ampliação de serviços; estimulou a descentralização das políticas públicas; contribuiu para a elevação da consciência coletiva de proteção às crianças e se posicionou como referência de legislação garantidora de direitos.

Foi promulgado em 1990, fruto da mobilização social das forças populares em defesa do estado democrático e do trabalho de especialistas. Existe para todas as crianças, mas é exatamente para os filhos de famílias pobres (materialmente) que ele se torna imprescindível. As vulnerabilidades de toda ordem expõem aqueles que mais necessitam da ação do Estado e das leis. E é no estímulo à construção de oportunidades e na redução das desigualdades que o Estatuto se revela como mais um instrumento importante de transformação social.

Nesta jornada de 20 anos o ECA recolheu importantes significados:
Um olhar cuidadoso para com as crianças e adolescentes está incorporado no espírito e no texto da lei. A infância e adolescência são fases particulares e importantes do desenvolvimento e da formação de sujeitos-cidadãos. Uma lição reforçada pelo Estatuto é a de tratar as crianças e adolescentes de maneira diferente dos adultos.

Uma “utopia necessária” onde os direitos fundamentais deverão estar disponíveis a todas as crianças. “Utopia” porque estabelece um horizonte a ser construído e situa a legislação nesta direção. “Necessária” porque é preciso existir uma ponte entre a dura realidade vivida e a perspectiva de um futuro melhor para as nossas crianças.

Um símbolo de defesa dos direitos, o que vale dizer que, na cabeça das pessoas, ele existe para proteger e garantir cidadania. Assim, para cada direito, há um dever, até mesmo quando o dever é compreendido como o próprio exercício do direito.
Uma ferramenta imprescindível para formatar ações, políticas e programas dirigidos a crianças e adolescentes. O ECA proporcionou que sonhos se materializassem e realidades fossem transformadas.


Thelma Alves de Oliveira,
Secretária de Estado da Criança e Juventude do Paraná e presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes
Fonte: Secretária de Estado da Criança e Juventude do Parana - SECJ

A Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Paraná e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR)

A Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Paraná e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR) realizam, a partir da próxima segunda-feira (28), em Curitiba, o Seminário Criança Prioridade Absoluta, para comemorar os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. O evento deve reunir cerca de 1,5 mil profissionais de todo o Paraná e representantes de entidades brasileiras que atuam com o público infanto-juvenil.

O objetivo é chamar a atenção da sociedade aos assuntos voltados à infância e adolescência e dar destaque à lei que serviu como base da criação do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Além disto, é um momento de reflexão em torno das conquistas e dos limites que se impuseram na implementação da Doutrina da Proteção Integral.

O evento é direcionado a gestores municipais e estaduais, juízes, promotores, conselheiros, servidores, professores, pesquisadores, profissionais do terceiro setor e demais cidadãos-militantes paranaenses e de outros Estados, que poderão debater sobre políticas públicas para crianças e adolescentes.

Programação
Na programação estão previstas palestras que abordam várias temáticas sobre políticas e ações voltadas para crianças e adolescentes, apresentações artísticas e homenagens a profissionais e entidades de diversas áreas que contribuíram para a consolidação da política da criança e do adolescente no Brasil.

No primeiro dia, a secretária de Estado da Criança e da Juventude, Thelma Alves de Oliveira, o procurador-geral de Justiça do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, o articulador do Fórum DCA do Paraná, Valtenir Lazarini, e a antropóloga e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carla Coelho de Andrade, falam, sob diferentes perspectivas, dos avanços e desafios para o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente após 20 anos do ECA. Neste mesmo dia, o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo Rocha Loures apresenta os Programas do Sistema Fiep voltados ao público infanto-juvenil.

Durante o Seminário Criança Prioridade Absoluta serão realizados eventos paralelos como o 2.º Seminário Nacional de Medidas Socioeducativas, o Seminário Estadual de Convivência Familiar e Comunitária, e ainda Redes de Proteção – Enfrentamento à Violência e Enfrentamento ao Trabalho Infantil. Durante cinco dias serão abordados assuntos como os avanços e desafios do sistema socioeducativo no Brasil; medidas socieducativas em meio aberto; nova lei de adoção; convivência familiar; desafios na implementação da rede de proteção; papel do Estado nas estratégias de articulação da rede local no enfrentamento ao trabalho infantil, entre outros.

Entre os palestrantes da área da Socioeducação estão o jurista argentino Emílio Garcia Mendez e o professor norte-americano Forrest Novy, diretor do Instituto Interamericano de Justiça Juvenil da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Texas, que vão abordar o tema Diferentes Sistemas de Adolescentes Autores de Ato Infracional na América. O oficial de projetos da Unicef no Brasil, Mario Volpi, vai falar sobre as políticas de atendimento ao adolescente autor de ato infracional no Brasil.

Na área de Proteção, o promotor de Justiça Neidemar Fachinetto, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, vai falar sobre O Novo Direito à Convivência Familiar e Comunitária no Brasil; e a professora da Universidade de Brasília (UNB), Maria Lúcia Leal, vai abordar os desafios para articulação e implementação da Rede de Proteção. A programação completa do evento pode ser conferida clicando aqui.

Serviço:
Seminário Criança Prioridade Absoluta
Data de início: 28 de junho de 2010
Horário: 9h30
Local: Auditório do Cietep – Avenida Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico, Curitiba – Paraná

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Efeito da Bebida Alcoolica

Bebidas Alcoolicas Aspectos Históricos:

Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano datam de aproximadamente 6000 a.C., sendo, portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos. A noção de álcool como uma substância divina, por exemplo, pode ser encontrada em inúmeros exemplos na mitologia, sendo talvez um dos fatores responsáveis pela manutenção do hábito de beber, ao longo do tempo.

Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo, como, por exemplo, o vinho e a cerveja, já que dependiam exclusivamente do processo de fermentação. Com o advento do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas, que passaram a ser utilizadas em sua forma destilada. Nessa época, esse tipo de bebida passou a ser considerado um remédio para todas as doenças, pois “dissipavam as preocupações mais rapidamente que o vinho e a cerveja, além de produzirem um alívio mais eficiente da dor”, surgindo, então, a palavra uísque (do gálico usquebaugh, que significa “água da vida”).

A partir da Revolução Industrial, registrou-se grande aumento na oferta desse tipo de bebida, contribuindo para um maior consumo e, conseqüentemente, gerando aumento no número de pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema decorrente do uso excessivo de álcool.

Aspectos Gerais: Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.

O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelos quais ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Dessa forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares.



Efeitos agudos:


A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora.

Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma.

Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com outra que não está acostumada a beber. Um outro exemplo está relacionado à estrutura física: a pessoa com estrutura física de grande porte terá maior resistência aos efeitos do álcool.

O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e mal-estar geral. Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, têm maior probabilidade de sentir esses efeitos.

Álcool e Trânsito:


A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir. Nesse sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou a vigorar em janeiro de 1998), deverá ser penalizado todo motorista que apresentar mais de 0,6g de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).

Alcoolismo: Como já citado neste texto, a pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo, pode desenvolver dependência, condição conhecida como

alcoolismo. Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, envolvendo aspectos de origem biológica, psicológica e sociocultural. A dependência do álcool é condição freqüente, atingindo cerca de 10% da população adulta brasileira.
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns sinais da dependência do álcool são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; aumento da importância do álcool na vida da pessoa; percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e aumento da ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.

A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas, após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6 a 8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada por tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono e estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência grave ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas anteriormente referidos, se caracteriza por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e no espaço.

Efeitos sobre outras partes do corpo: Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as relacionadas ao fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e do sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos). Há, ainda, casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores.



Durante a Gravidez:

O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer conseqüências para o recém-nascido, e, quanto maior o consumo, maior o risco de prejudicar o feto. Dessa forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação, como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.

Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessivo dessa droga durante a gravidez, é afetado pela “síndrome fetal pelo álcool”. Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças gravemente afetadas, e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.

COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DO ALCOOLISMO Em geral, o usuário de álcool procura ajuda médica devido à problemas secundários ao consumo crônico desta substancia, cabendo ao clínico geral o primeiro contato com este paciente.

O álcool compromete vários órgãos e funções do organismo, dependendo da intensidade do consumo e da suscetibilidade individual, podendo causar alterações gastrointestinais, cardiovasculares, neurológicas e até mesmo, sangüíneas.

Manifestações clínicas Estão relacionadas às ações farmacológicas do álcool. Outros fatores de riscos associados: idade, sexo, raça, predisposição genética, estado nutricional, características imunológicas, condição clínica prévia.

Efeitos • Agudos: ou seja, imediatos à exposição ao álcool;

• Crônicos: relacionados ao consumo repetitivo e prolongado da droga.

2. EFEITOS AGUDOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL ETÍLICO Estão relacionados ao nível sangüíneo de álcool atingindo e ao grau de tolerância do consumidor.

• Níveis sangüíneos entre 50 e 100 mg/dl de álcool em bebedores não acostumados a grandes ingestas diárias provocam efeitos de euforia e incoordenação motora (com riscos de acidentes de transito).

• Níveis séricos entre 100 e 200 mg/dl podem causar fala embriagada, ataxia, tonturas e náuseas;

• Entre 200 e 300 mg/dl, letargia, discurso incoerente ou agressivo, vômitos;

• Entre 200 e 300 mg/dl, estupor ou coma;

• Níveis superiores a 500 mg/dl podem provocar depressão respiratória e morte.

3. EFEITOS CRÔNICOS DO CONSUMO DE ÁLCOOL ETÍLICO As conseqüências crônicas dependem da dose consumida e do tempo de utilização. Outros fatores como sexo, predisposição genética, estado nutricional, doenças previas e uso concomitente de outras drogas também são importantes.

As principais complicações clínicas descritas são: 3.1 Sistema Digestivo (boca, faringe, esôfago, estomago, intestinos)

A alta dose de álcool, em geral, provoca anormalidade na parede do intestino, redução na capacidade de absorção intestinal de nutrientes e interferência no metabolismo celular das vitaminas do complexo B, acido fólico e ferro.

3.1.1 Esôfago

Modalidade anormal, dificuldade no esvaziamento do conteúdo alimentar para o estômago.

3.1.2 Estômago

Gastrite aguda, erosões superficiais da parede gástrica, hemorragias de pequeno e grande porte, vômitos freqüentes que podem levar à Síndrome de Mallory Weiss (lesão da parede gastroesofágica).

LEITURA AVANÇADA O álcool, normalmente, é facilmente absorvido pelo estomago e intestino delgado. A concentração do álcool no íleo (porção do intestino delgado) está relacionado ao refluxo e às anormalidades da permeabilidade da membrana intestinal provocada diretamente pelo álcool e seus metabolitos.Com isso, as atividades enzimáticas das membranas celulares bastante prejudicadas pela ação do álcool podem causar intolerância à lactose (carbohidrato presente em alimentos, como leite e derivados) absorção prejudicada de água, sais, aminoácidos e glicose. Tudo isso explica a diarréia e cólica abdominal associadas ao beber axagerado.

3.1.3 Fígado

As funções hepáticas estão, em geral alteradas. Ocorrem quadros de esteatose hepática, sinais clínicos de icterícia (pele amarelada devido a concentração aumentada de bilirrubinas) e mal-estar geral podendo ocorrer a hepatite alcoólica (icterícia, febre, leucocitose).

O quadro geral no fígado pode evoluir para o de cirrose hepática, - náuseas, perda de peso, sensação de fraqueza, mudança nos hábitos intestinais, dor abdominal superior ou febre baixa.

LEITURA AVANÇADA Mais raramente, o diagnostico de cirrose hepática pode ser auxiliada pelo surgimento de uma leve icterícia, sangramento, prurido ou edema e aumento do tamanho do baço.

Com a evolução do quadro acima, podemos ter uma insuficiência hepática caracterizada clinicamente por teleangectasia aracnóide (manchas vasculares na pele), eritema palmar (vermelhidão intensa nas palmas das mãos), atrofia testicular, ginecomastia (aumento do tamanho das mamas), perda da distribuiçõa dos pêlos masculinos, aumento do tamanho das glândulas parótidas, evidencia de circulação colateral, confusão mental e hemorragia digestiva pela presença de hipertensão portal (varizes no esôfago).

3.1.4 Pâncreas

A ingesta de bebida alcoólica é responsável por 75% dos casos de pancreatite crônica. A pancreatite crônica caracteriza-se por dor epigástrica severa irradiada para o meio das costas e aliviada ao sentar e inclinar o corpo para a frente, náuseas, vômitos, febre e “abdômen agudo” produzem um quadro de emergência cirúrgica.

LEITURA AVANÇADA O etanol influencia a função do pâncreas direta e indiretamente através do suco gástrico, da liberação de secretagogos e do controle neural. Existem evidencias de que o etanol lesa as células pancreáticas exócrinas da mesma forma como agride as células hepáticas.

Em pacientes com historia de uso crônico de álcool com dor abdominal intensa é conveniente a dosagem sangüínea e urinaria da amilase, bem como a realização de ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada do abdômen para sondagem diagnostica.

Episódios recorrentes de pancreatite podem resultar em calcificação pancreática e lesões do sistema de secreção exócrina pancreáticos.

3.2 Sistema Cárdio Vascular

O álcool tem efeito direto sobre o coração. A desnutrição freqüentemente associada ao alcoolismo crônico é autor fator importante no prejuízo do funcionamento cardiovascular.

LEITURA AVANÇADA Do ponto de vista nutricional, a falta de tiamina (vitamina B1) provoca o quadro chamado de Beribéri (raramente visto hoje em países ocidentais).

O etanol é um depressor direto da atividade miocárdica. Muitos episódios de arritmias cardíacas estão associados ao alcoolismo.

Além disso, estudos recentes têm associado o consumo pesado de álcool com a hipertensão arterial sistêmica, sendo o alcoolismo considerado o segundo fator de riscos não-genético para hipertensão arterial.

O consumo crônico de álcool também está associada à uma doença do coração conhecida como Miocardiopatia Alcoólica (Doença Muscular Induzida pelo Álcool que costuma-se manifestar entre os 30 e os 60 anos de idade, caracterizada, clinicamente, pelo aumento do volume do coração, arritmias e, nos estágios mais avançados, à insuficiência cardíaca congestiva).

3.3 Sistema Nervoso Central

3.3.1 Neuropatia periférica

Quando progressivo de dor e alterações na sensibilidade dos membros inferiores e superiores, bem como fraqueza motora. Muito se tem atribuído esta doença à falta de vitamina B1 (tiamina).

3.3.2 Ambliopia tóxica

Inflamação do nervo óptico, com falhas progressivas da visão central e dificuldades em distinguir cores, principalmente verde e vermelho.

3.3.3 Encefalopatia Wernicke

Associada à falta de tiamina, apresentando perturbação do equilíbrio, desorientação no tempo e no espaço confusão mental e paralisia de músculos oculares.

3.3.4 Síndrome de Korsakoff

Perda de memória, desorientação têmporo-espacial.

3.3.5 Degeneração Cerebral

Falta de habilidade no andar, movimentos oculares anormais, prejuízo nos reflexos tendinosos. Estas doença tem curso rápido e devastador.

3.3.6 Mielinólise Central Pontina

Caracteriza-se por dificuldade para deglutir, articular palavras e falar. Paralisia de músculos oculares, falta de reação corneana, prejuízo da marcha e morte. Pode ocorrer também a Doença de Marchiafava-Bignami, que apresenta agitação, confusão, alucinações, negativismo, julgamento prejudicado e desorietação. Pode haver distúrbios da marcha, incontinência urinaria e fecal, preservação do pensamento. Estas duas doenças são duas condições raras encontradas em alcoolistas crônicos e desnutridos.

3.3.7 Sindrome Demencial Alcoólica

Atrofia global do cérebro, grandes prejuízos da memória, da atenção, da orientação têmporo-espacial.
Quando muito semelhante clinicamente ao da Demência de Alzheimer.

3.4 Sistema Músculo-Esquéletico

Dor, sensibilidade muscular aumentada, fraqueza muscular, osteoporose precoce em alcoolistas crônicos, miopatia crônica é rara.

LEITURA AVANÇADA Alguns estudos apontam para uma doença muscular induzida pelo álcool, de incidência rara e que afeta os músculos d caixa torácica e os músculos proximais das extremidades. Caracteriza-se por dor, fraqueza, perda rápida da massa muscular e conseqüentes prejuízos gerais para os rins.

3.5 Sistema Hematopoiético (sangüíneo)

Interferência na produção de células sanguíneas em vários níveis, provocando anemias diversas e prejuízos da coagulação.

LEITURA AVANÇADA A anemia ferropriva é comum em alcoolistas e sua causa pode ocorrer tanto em função da desnutrição quanto dos sangramentos através das gastrites, varizes esofágicas ou hemorróidas, estes dois últimos em pacientes com cirrose hepática.
A anemia megaloblástica também é um quadro comum, especialmente pela deficiência de vitamina B12.

3.6 Pele

Os dependentes de álcool são propensos à várias doenças de pele, incluindo a psoríase (descamação crônica da pele), o eczema discóide (lesão pruriginosa da pele relacionada a agentes endógenos e exógenos) e infecções cutâneas superficiais por fungos.

3.7 Sistema Imunológico

O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo, dentre outras coisas, e poder ser suprimido nas pessoas que apresentam um consumo pesado de álcool. Desnutrição e danos ao tecido hepático contribuem para o prejuízo desse sistema, tal que os bebedores pesados têm maior propensão à infecções respiratórias como a Tuberculose Pulmonar.

3.8 Pediatria e Álcool

Em mulheres grávidas, sabe-se que o álcool atravessa a “barreira placentária” e pode provocar desde abortamentos espontâneos, natinortos e crianças com baixo peso ao nascer.

A Síndrome do Alcoolismo Fetal caracteriza-se por:

• Deficiência do crescimento pondero-estatural da criança;

• Dano ao sistema nervoso central, como microcefalia, retardo mental;
• Danos faciais, como lábio superior fino, fissuras palpebrais curtas, dobras epicantais,

• Alterações cardíacas (defeito septal atrial);

• Alterações outras nas articulações, nos genitais e na pele.

4. COMPLICAÇÕES PSQUIÁTRICAS DO ALCOOLISMO

Muitas alterações do comportamento e manifestações de quadros psiquiátricos estão relacionados ao consumo de álcool etílico.

4.1 Intoxicação Alcoólica

Euforia, diminuição da atenção, prejuízo do julgamento, irritabilidade, depressão, labilidade emocional até lentificação, sonolência, redução do nível da consciência e, eventualmente, coma.

Os sinais comuns da intoxicação alcoólica aguda são:

1. Fala arrastada;

2. Falta de coordenação motora;

3. Marcha instável;

4. Nistagmo (movimento anormal dos olhos);

5. Prejuízo na atenção ou memória;

6. estupor ou coma.

4.2 Abuso de Álcool

É caracterizado por um padrão mal adaptado de uso do álcool levando a um sério prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo. Deve manifestar um ou mais dos critérios abaixo em 12 meses.

Critérios da Associação Psiquiátrica Americana para Abuso de Álcool:

1. Uso recorrente do álcool resultando em fracasso em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel no trabalho, na escola ou em casa.

2. Uso recorrente do álcool em situações nas quais há perigo físico, por exemplo, quando se dirige um automóvel;

3. Problemas legais relacionados ao uso do álcool;

4. Persistência no uso da substancia, apesar dos problemas sociais ou interpessoais recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do álcool.

4.3 Síndrome de Dependência Alcoólica

Critérios da Associação Psiquiátrica Americana para Dependência ao álcool:

1. Tolerância (necessidade de doses cada vez maiores da droga para obter os mesmos efeitos das doses iniciais);

2. Síndrome de abstinência, relatada abaixo;

3. A substancia é freqüentemente usada em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o desejado;

4. Existe um desejo persistente ou esforços mal-sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substancia;

5. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na utilização da mesma ou a recuperação dos seus efeitos;

6. Importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativos são abandonados em função do uso do álcool;

7. O uso da substancia continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente.

4.4 Intoxicação Alcoólica Idiossincrática (intoxicação patológica)

Indivíduo apresenta comportamento desadaptativo, freqüentemente agressivo atípico após ingestão de pequenas quantidades de álcool quando comparado às situações em que o indivíduo não bebeu, com amnésia freqüente.

4.5 Alucinose Alcoólica (Transtorno Psicótico relacionado ao uso de álcool)

• Alucinações vividas e persistentes (freqüentemente visuais e auditivas) sem alteração do nível de consciência, após a diminuição ou cessação do consumo de álcool, em pacientes dependentes desta substância.

• Forma crônica é semelhante à esquizofrenia ou quadro paranóide (caracterizado por crenças ou sensações de perseguição).

4.6 Síndrome de Abstinência Alcoólica

Caracterizada por:

• Tremores,

• Náusea,

• Vômitos,

• Hiperatividade autonômica (aumento da freqüência cardíaca, tremores, febre),

• Ansiedade,

• Humor depressivo,

• Irritabilidade,

• Alucinações transitórias,

• Ilusões,

• Convulsões que ocorrem após cessação ou redução do consumo crônico e pesado de álcool.

Sintomas iniciais Intermitentes e leves

Sintomas avançados Gravidade dos sintomas da Síndrome de Abstinência aumentam.

Quatro Sintomas Fundamentais na Síndrome de Abstinência do Álcool:

Tremor
Tremores matinais das mãos ao acordar. Os tremores também ocorrem no tronco, face ou no corpo todo.



Náusea
Ao escovar os dentes pela manhã ou que nunca toma uma xícara de café de manhã, em função da náusea.



Sudorese
Acordar bem cedo todo ensopado em suor.





Perturbação do humor
Nos estágios iniciais há uma irritabilidade ou nervosismo. Nos casos onde a dependência é mais grave, há um estado de intensa agitação e depressão.





A Síndrome de Abstinência Alcoólica pode evoluir para quadros conclusivos, alucinatórios e para o temido Delirium Tremens, que é uma Síndrome da Abstinência Alcoólica que se complicou com confusão mental, prejuízo da orientação temporo-espacial e prejuízo da atenção.




4.7 Delirium Tremens

Este quadro pode ocorrer após a interrupção ou redução abrupta do uso crônico e intenso do álcool, em pacientes clinicamente comprometidos. É quadro de emergência clinica, freqüentemente, necessitando de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva.

Sintomas• Confusão mental;

• Acentuada Hiperatividade autonômica;

• Alucinações vividas (visuais, táteis, olfativas);

• Delírios;

• Tremor;

• Agitação;

• Febre;

• Convulsões.

4.8 Trastorno Amnésitico (Blackout)

São episódios transitórios de amnésia que acompanham variados graus de intoxicação ao álcool. Os ‘blackouts’ parecem ser mais comuns nos pacientes em fases mais tardias da dependência ao álcool.

Existe a amnésia retrógrada para eventos e comportamentos ocorridos durante os períodos de intoxicação, embora o nível da consciência do individuo intoxicado não esteja aparentemente anormal quando observado por terceiros. Tais episódios podem estar associados com o beber excessivo em pacientes dependentes ou não.

4.9 Transtorno Psicótico Delirante Induzido Pelo Álcool

Estes transtornos são caracterizados por pensamentos com conteúdo de idéias delirantes, principalmente de cunho persecutório, podem surgir em bebedores crônicos. Os pacientes desenvolvem delírios paranóides ou persecutórios, grandiosos, mas permanecem alerta e não manifestam confusão me ou meses de abstinência. Parece não estar relacionada com a esquizofrenia.

Podem aparecer nesse contexto sintomas:

• Semelhantes à esquizofrenia (alucinações, delírios, desorganização do pensamento, incoerência afetiva);

• Semelhantes à mania (elevação do humor, irritabilidade, grandiosidade, idéias delirantes de grandeza).

4.10 Transtorno Depressivo Induzido pelo Álcool

De uma forma geral, os sintomas depressivos são comuns em pacientes durante a abstinência alcoólica, especialmente em bebedores pesados.

Níveis de depressão significativas são comumente encontrados entre pacientes internados por síndrome de dependência ao álcool. Os sintomas de depressão costumam melhorar cerca de duas ou três semanas após a abstinência, mas há casos em que esses sintomas podem persistir por mais tempo.

Sintomas

• Humor deprimido;

• Perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades da vida;

• Perda de energia, fadiga, importante cansaço após pequenas atividades;

• Baixa auto-estima;

• Idéias de culpa;

• Visão sombria ou pessimista em relação ao futuro;

• Perturbações do sono;

• Perturbações do apetite;

• Perda de interesse sexual;

• Queixas somáticas exacerbadas.

Você sabia? Em muitos casos a depressão é induzida pelo consumo da bebida alcoólica, mas freqüentemente pessoas com depressão estão mais propensas a desenvolver quadros de abuso do álcool.

4.11 Suicídio

Tentativas de suicídio são comuns em pacientes alcoolistas crônicos. Sintomas depressivos, perdas interpessoais, sociais, familiares e financeiras contribuem de forma determinante para o risco do auto-extermínio.

4.12 Ansiedade

Muitos pacientes ansiosos, especialmente aqueles com que a chamada Fobia Social ou Transtorno do Pânico com Agorafobia estão mais propensos a abusar de bebidas alcoólicas como uma forma de “auto-medicação”. Desta forma, é importante valorizar os sintomas de ansiedade do paciente alcoolista, com a finalidade de distinguir uma ansiedade induzida pelo consumo de álcool etílico de uma ansiedade primária.

Os pacientes com sintomas ansiosos podem apresentar:

• Tensão muscular,

• Tremores,

• Sensação de abalo,

• Fadiga,

• Resposta de sobressalto,

• Hiperatividade autonômica (rubor, taquicardia, palpitações, sudorese, diarréia, boca seca, aumento da freqüência urinaria),

• Alteração na sensibilidade de membros,

• Dificuldade de concentração,

• Sensação de “nó na garganta”,

• Hipervigilância.

4.13 Transtornos do Sono

Importante causa de transtorno extrínseco do sono, provocando tanto insônia quanto hipersônia. As principais alterações do sono em alcoolistas estão relacionadas aos quadros depressivos e ansiosos.

CONCLUSÃO São varias as complicações clínicas e psiquiátricas associadas ao consumo agudo ou crônica de bebidas alcoólicas. Apesar dos inúmeros riscos advindos da ingestão destas substancias, é alarmante a freqüência e a intensidade do consumo das mesmas por todos os povos em todo o mundo, muitas vezes com propósitos sociais, religiosos, culturais e até mesmo medicinais.

Fonte: DENARC - http://www.dinarc.pr.gov.br
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